Declínio está relacionado à quebra na produção na safra 2023/24 e ao aumento da demanda interna pelas indústrias
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (imea), entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil exportou 89,55 milhões de toneladas, um aumento de 2,64% em comparação ao mesmo período de 2023.
Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento das importações chinesas, que, no período, adquiriram 65,47 milhões de toneladas, representando uma alta de 6,03% em relação ao ano anterior.
Na contramão do cenário nacional, Mato Grosso, até o momento, participou com 27,06% das exportações brasileiras em 2024, uma redução de 11,72 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2023.
O acumulado do ano totalizou 24,23 milhões de toneladas, enviadas, queda de 9,39% em relação ao período de jan/23 a set/23.
Segundo os analistas do Imea, esse declínio está relacionado à quebra na produção de soja na safra 2023/24 e ao aumento da demanda interna pelas indústrias.
Destaca-se ainda que, em setembro, as exportações de Mato Grosso atingiram o menor volume dos últimos sete anos para o mês, com 240,12 mil toneladas exportadas, queda de 60,57% em comparação ao ano anterior.
MERCADO INTERNO – De janeiro a setembro deste ano, o esmagamento de soja em Mato Grosso acumulou 9,46 milhões de t, aumento de 6,49% em relação ao mesmo período de 2023.
Esse recorde no processamento até o momento está relacionado à demanda aquecida por coprodutos e à expansão da capacidade de esmagamento das indústrias no estado, que em 2024, cresceu 6,17% em relação a 2023.
Quanto a setembro, foram processadas 910,54 mil t de soja, redução de 10,37% em comparação ao mês anterior e de 10,15% ante ao mesmo período do ano passado.
Essa diminuição é atribuída principalmente às paradas técnicas para manutenção das plantas de esmagamento.
Além disso, de acordo com informantes do Imea, algumas indústrias de menor porte enfrentaram dificuldades na aquisição de soja em Mato Grosso, o que também contribuiu para a queda no consumo no mês.
O Instituto projeta que o esmagamento total de 2024 chegue a 12,39 milhões de toneladas no estado, o que representaria uma alta de 5,37% em comparação com 2023.
Assessoria