Planejamento de ações e resposta será feito de forma interministerial e coordenado com estados e municípios
O Ministério da Saúde lançou, na quinta-feira(1), um Centro de Operações de Emergência (COE), em Mato Grosso, para monitorar os casos de dengue no estado. O anúncio foi feito na quinta-feira (1).
Até agora, decretaram estado de emergência o Acre, o Rio de Janeiro, Minas Gerais, alguns municípios de Goiás, e o Distrito Federal — que registrou aumento de 1.060% nos casos da doença.
O objetivo, segundo o Ministério, é dar mais agilidade no monitoramento e na análise do cenário nacional e, assim, reforçar a assistência nos estados e municípios, inclusive no fornecimento de matéria-prima para as unidades básicas de saúde e hospitais.
Competências do COE
As competências do Centro de Operações de Emergência destacadas na portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta são as seguintes:
- planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas durante a resposta;
- articular-se com os gestores estaduais, distrital e municipais do SUS;
- articular-se com órgãos e entidades do Poder Público;
- encaminhar à Ministra de Estado da Saúde relatórios técnicos sobre a situação
- epidemiológica e ações de resposta;
- divulgar à população informações relativas à resposta, situação epidemiológica e assistencial; e
- propor, de forma justificada, ao Ministério da Saúde o acionamento de equipes de saúde.
Fora da lista
Mato Grosso ficou de fora da lista dos estados que receberão doses da vacina contra a dengue, conforme anúncio feito pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (25). Até o dia 16 de janeiro deste ano, o estado registrou 254 casos confirmados da doença. Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), em 2023, foram confirmados 925 casos.
Segundo o Ministério da Saúde, não há doses o suficiente para todos os estados, por isso, foram definidos critérios de priorização para a escolha dos municípios.
As doses vão ser entregues por ordem de prioridade — onde há casos mais graves e em maior volume — e em etapas. Ou seja, a imunização não começa de maneira uniforme. Até o momento, não há previsão de entrega de doses em Mato Grosso.
O imunizante
A Qdenga (TAK-003) é um imunizante contra a dengue desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma. O registro do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano.
A vacina contém vírus vivos atenuados da dengue. Por isso, ela induz respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.
A Qdenga tem efeitos colaterais?
Os estudos clínicos mostraram que pode haver reações, geralmente, dentro de dois dias após a injeção. As reações registradas foram de gravidade leve a moderada e duraram 1 a 3 dias.
Atenção: essas reações NÃO tornam o imunizante contraindicado se aplicado no público correto.
Foram relatadas com maior frequência:
- dor no local da injeção (50%);
- dor de cabeça (35%);
- dor muscular (31%);
- vermelhidão no local de injeção (27%);
- mal-estar (24%);
- fraqueza (20%); e
- febre (11%).
As reações são menos frequentes após a segunda dose da Qdenga.
G1 MT