A batalha não está vencida. Esse é o alerta que foi lançado pela Secretaria de Saúde de Paranaíta, através das redes sociais, demonstrando que ainda há muito a se cuidar em razão da Covid 19.
O Boletim epidemiológico 780, do ultimo dia 6 de junho, apontava 04 casos ativos da doença no município, com 5 suspeitos sendo monitorados. No total até o presente momento, já morreram 38 pessoas em Paranaíta vítimas da Covid 19 desde o início da pandemia.
Já em Alta Floresta, segundo o Boletim de acompanhamento diário que é mantido pela Secretaria Municipal de Saúde, há 81 casos ativos, com 15 suspeitos (aguardando resultados de exames). Uma pessoa segue internada com a doença no hospital regional. Foram registrados, desde o início do período de monitoramento, 169 mortes por Covid 19. A ultima ocorreu no dia 1º de junho e foi publicada no boletim no dia 6 de junho, trata-se de uma senhora anciã de 98 anos que estava internada no Hospital Regional Jorge de Abreu, na cidade de Sinop.
Por causa do relaxamento nas exigências de medidas de assepsia, e pela desobrigação do uso de máscaras, é natural que o vírus volte a circular mais livremente e consequentemente, encontrar mais “hospedeiros” para se alojar e se reproduzir. Aparentemente (só chute mesmo) isso tem ocorrido com maior frequência.
O tempo seco por causa da estiagem também facilita o surgimento de doenças respiratórias, dentre elas a Covid 19, o que demanda de nós estarmos mais atentos, mais ligados, mais protegidos.
Porém:
Nós estamos usando máscara? Nãããããooooo!
Nós estamos usando álcool em gel? Nãããããooooo!
Nós estamos mantendo distanciamento social? Nãããããooooo!
Nós estamos querendo ficar doentes? Nãããããooooo!
Então algo não está certo. Se não estamos usando máscaras, álcool em gel, distanciamento social e ainda assim não queremos ficar doenças, há incoerência do que queremos e o que estamos fazendo para evitar.
E quem são esses “nós”?
Todos nós, indistintamente. Eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Há exceções? Há, mas são raros.
Eu mesmo, no final de semana, passei rapidamente por um mercado no bairro Cidade Alta e vislumbrei um casal com uma criança adolescente. O homem e a mulher se esgueiravam pelas prateleiras do mercado. Ele sem máscara. Ela e a criança, de máscaras. Olhei atentamente para a cena. Além de mim, outras pessoas olhavam. Eu, acreditem, olhava com admiração, afinal, assim como eles, sei que o risco não acabou, porém, diferentemente deles, eu não estava com máscaras, que é um cuidado mínimo. Não é porque o governo não exige mais, que não tenho que usar. Ocorre que outras pessoas (ouvi comentários) olhavam com depreciação da cena, o que é ainda mais triste.
Na segunda feira pela manhã, acompanhei parte do jogo da seleção brasileira de futebol em preparação para a Copa do Mundo, em partida sediada no Japão. No estádio, todos (sem exceção) os torcedores usavam a mascara.
Ou seja, gente, não acabou, o risco existe e, ainda que não esteja sendo cobrado, temos que nos cuidar ao máximo que pudermos.