Mal iniciou o tempo da seca e as queimadas já estão em evidência em nosso município, tendo em vista o elevado número de ocorrências registradas somente nos últimos dias. Conforme as resenhas das ocorrências, disponibilizadas pela 7º Cia do Corpo de Bombeiros Militar de Alta Floresta para o Jornal O Diário, foram registrados incêndios em vegetação principalmente no bairro Cidade Bela, onde existem locais com mato seco, propício para a propagação do fogo. Em uma das ocorrências, o foco foi tão grande que o risco de chegar próximo às residências era iminente. Nesta situação, foi realizado o combate com mangotinho e bombas costais, colocando fim às chamas.
Vale ressalta que as queimadas em perímetro urbano são proibidas o ano todo e apesar do alto índice, o Comandante Regional da 7ª Companhia, Tenente Coronel BM Ranie, disse, em entrevista para a equipe do Jornal O Diário, que o número de ocorrências tende a crescer e muito nos próximos dias, segundo ele, muito devido ao clima e pela má intensão de algumas pessoas. Atualmente, Ranie explicou que o efetivo de combate ao fogo em Alta Floresta é composto 100 % pelos militares da7ª Cia.
Devido a isso, já para garantir um bom efetivo na demanda que se aproxima, recentemente a Prefeitura Municipal de Alta Floresta, através da Secretaria de Meio Ambiente, lançou edital para contratação de brigadistas para compor a Brigada Municipal. Estão sendo ofertadas 06 vagas e as inscrições seguem até o dia 22 de junho de 2022, podendo ser feita na sede da Secretaria de Meio Ambiente localizada na Av. Ariosto da Riva Nº 3009, das 08h as 16h. Os contratados passarão por um treinamento pelos militares do Corpo de Bombeiros. “Nós estamos com essa preocupação; não está um caso caótico, está no início ainda do período de estiagem, então agora a tendencia é que aumente e estaremos atendendo a população pelo 193”, ressaltou ele.
O comandante frisou que a 7º Cia é uma das unidades mais bem preparadas do estado para o combate e prevenção aos incêndios. O quartel conta com mais de três caminhões de combate ao fogo, sendo um deles com capacidade de mais de 10 mil litros de água. Além disso, os militares contam ainda com 4 Kits Cômbats de combate rápido que se adequam a qualquer tipo de caminhonete. “Hoje podemos dizer que de equipamento, técnica e material, é o suficiente para atender toda a região”, disse ele. Cerca de 90% dos incêndios em vegetação é provocada pela ação humana e nestes casos, Ranie explicou que cabe ao Corpo de Bombeiros realizar a perícia de incêndio, mas não de cunho criminal, apenas de forma administrativa. Segundo ele, fotos são tiradas e é feito o georreferenciamento do local e os dados são encaminhados para o Ministério Público para as possíveis ações penais.
Bruno Felipe / Jornal O Diário