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Alta Floresta, Sinop e Paranaíta estão entre os 68 municípios que apresentam alto risco para a dengue em MT

A chegada das chuvas reacendeu o alerta contra o mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças que podem levar a quadro graves e a óbitos. Isso porque o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos, mas as autoridades em saúde avisam que é importante evitar água parada todos os dias uma vez que os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.

Dados atualizados pela Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT) mostram que, atualmente, Mato Grosso apresenta alto risco de contaminação para a dengue. Essa mesma classificação é verificada em 68 (48,22%) dos 141 municípios mato-grossenses por se encontrarem com incidência maior ou igual a 300 casos da doença por 100 mil habitantes.

Entre as cidades com altas taxas de infecção estão Sinop (1.872,8 casos/100 mil pessoas), Chapada dos Guimarães (2784,5/100 mil habitantes), Nova Mutum (10.590,9/100 mil), Paranaíta (2387,5/100 mil), Indiavaí (1962,2/100 mil) e Alta Floresta (2373,4/100 mil).

Já a maior cidade em termos populacionais, Cuiabá contabiliza em números absolutos 752 casos de dengue, o que representa uma redução de 16,5% em relação a 2020, mas que a coloca na categorização de risco moderado com 122,8 notificações por 100 mil pessoas. Na vizinha Várzea Grande, são 234 registros da doença neste ano, correspondendo a uma queda de 48,2% se comparado ao mesmo período de 2020 e deixando a cidade com baixo risco ao contar com a taxa de 82,1 casos/100 mil residentes.

Em números absolutos, de janeiro deste ano até o momento, o Estado registra 24.967 casos de dengue, o que representa uma queda de 45% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 45.403 casos. São nove óbitos, sendo seis confirmados e três em investigação. No ano passado, 17 pessoas morreram em decorrência da doença.

Em relação a zika, duas cidades também têm elevado risco para o agravo, sendo eles, União do Sul (397,2 casos/100 mil) e Marcelândia (333,4/100 mil). Quanto a chikungunya, o risco é considerado baixo em todo o território mato-grossense com 296 casos neste ano até o momento.

O Ministério da Saúde (MS) orienta que para prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes é fundamental evitar o acúmulo de água parada, onde ocorre a proliferação do inseto. Por isso, é importante verificar se não tem água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas e outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito.

Com o agravamento das questões de saúde causado pela Covid-19, as vistorias nas casas das pessoas foram suspensas, mas estão retornando agora. “Com o avanço da vacinação e a considerável redução de hospitalização por Covi-19, os agentes de combate a endemias e os agentes comunitários estão retomando as visitas, observando todas as recomendações dos órgãos de saúde para que esta retomada seja segura para todos”, disse o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros.

Joanice de Deus/ Diário de Cuiabá

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