Recebi um comentário sobre a queda do whatsApp, POR SMS que achei bem legal, vou reportar. Dizia assim:
– Cara, bugou tudo, apagão geral, ninguém fala com ninguém.
E continua.
– Tinha uma mina muito louca gritando porque não conseguia acessar o whasApp para mandar mensagem, nem o facebook e nem o instagram. Achei maior doidona. De repente me dei conta de que a doida estava em minha casa, gritando pela queda das mídias sociais, maior doideira e eu continuei olhando fixo para ela, parecia meio familiar.
E eu lá esperando a história terminar.
– De repente, meu brother, me dei conta de que a doida, que aparentava ser meio zumbi e que estava com o cabelo todo ouriçado, todo esticado, toda descabelada, na verdade era a minha filha. Meu Deus, a quanto tempo eu não a via e o pior, morando na mesma casa.
Nesta altura eu já não entendia mais nada. Mas o interlocutor continuou.
– Cara, tanto tempo dedicado às mídias sociais que nem vi minha filha crescer, nem percebi que ela era tão linda, tão amável (#sqn, ela tava possessa) que resolvi acalma-la e iniciamos um diálogo como há muito não fazíamos.
Claro que o caso acima é fictício. Claro que não chega ao extremo. Mas também é claro que alguma verdade há nisso. Quanto tempo nós nos dedicamos aos likes e às publicações de midias sociais e nos esquecemos que perto de nós, bem pertinho, há um mundo real a ser explorado.
É certo que neste dia de apagão das mídias sociais muitos negócios deixaram de ser realizados, porque há muitas pessoas que dependem delas (as mídias sociais) para vender, comprar, combinar e até assinar contratos.
Mas não podemos deixar a nossa vida apenas a um click, é preciso entender que há algo mais do que isso.
Talvez o dia de ontem sirva de reflexão para todos nós, para que tentemos nos aproximar mais de modo real, torcendo para que a vida virtual seja um modo de agregar valor às relações e não de ser o centro das atenções.