A adolescente de 12 anos sequestrada há um mês, em Rondônia, foi localizada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (24) em um sítio de Colniza, em Mato Grosso. A menor estava junto de um homem de 57 anos, que já era foragido da Justiça por estupro.
O pai da menina denunciou o sumiço da filha no dia 25 de agosto e desde então a polícia tentava descobrir seu paradeiro.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Adrian Viero, o suspeito de sequestrar a menina era conhecido da família.
“Na delegacia, o pai da menina contou que estava no sítio com a esposa e a criança em Porto Velho, quando deixou a menina na casa e foi conferir algo na propriedade”, diz.
Quando o casal retornou para casa, percebeu que a filha e o homem tinham sumido. Eles também notaram que os documentos da menina não estavam mais na residência.
Diante disso, o pai da criança, desesperado, começou a procurá-la. Na época, vizinhos do sítio do casal informaram que a menina havia saído com o suspeito, dentro do carro dele.
Quase um mês depois do desaparecimento da adolescente, a menina acabou sendo encontrada em Colniza nesta sexta-feira. Quando a polícia chegou na casa, em um sítio, o suspeito estava deitado em uma cama com a criança.
Segundo a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) de Porto Velho, a ação para localizar a menor teve o apoio da Polícia Civil de Mato Grosso.
Investigação
A adolescente de 12 anos, enquanto estava sequestrada, teria feito contato, por meio de celular, com a família.
Nas mensagens, dizia-se que a menina havia fugido com o homem por vontade própria e que não era para procurar por ela.
No entanto, a delegada destaca que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a vontade da menor de 12 anos só deve ser condicionada através da vontade dos pais.
A delegada diz que, durante a investigação, descobriu-se que suspeito já tinha um mandado de prisão em aberto pelo crime de estupro de vulnerável, mas pela Polícia Civil de Cacoal (RO).
“Vale ressaltar que ele foi preso por força de mandado de prisão por estupro de vulnerável, expedido pela Comarca de Cacoal, e não por esse desaparecimento. Ainda estamos em fase de investigação, e ele será ouvido na nossa delegacia”, finalizou.
Jheniffer Núbia, g1 RO