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TIRO E QUEDA 23.09

Vamos falar um pouco sobre a CPI. Ontem eu tive a oportunidade de assistir parte dos debates em que Pedro Batista, diretor da Prevent Senior, plano de saúde denunciado por supostamente ter feito experimentos  não autorizados com cobaias humanos.

De se imaginar, que ele negaria como de fato negou, as acusações que lhe foram impostas.

Também é fácil imaginar que ele fosse alguém preparado para debater com os senadores e, em vários momentos, tentou “enquadrar” seus algozes, porém, com uma educação acima do nível de outras oitivas que foram registradas.

Mas nem mesmo o seu comportamento educado impediu que ele fosse alçado a condição de testemunha para investigado, e por quê?

Razões não faltam.

Para entender, os senadores  da CPI receberam um dossiê com denúncias de irregularidades, que foi montado por médicos que tiveram acesso à prontuários médicos de pacientes e os relatos são diversos. À Comissão, o diretor da Prevent Senior confirmou que a empresa de modificou códigos de diagnóstico de Covid-19 de pacientes após 14 ou 21 dias de internação por não representarem “risco à população do hospital”.

Senadores classificaram o método como fraude de dados e crime.

Pedro Batista também falou sobre o uso do chamado “kit Covid”, grupo de medicamentos que não têm comprovada contra doença. De acordo com relatos encaminhados ao Senado, a operadora teria ocultado mortes de pacientes que receberam o tratamento ineficaz.

Dos relatos do dossiê, descobriu-se que duas pessoa muito conhecidas tiveram suas certidões de óbito alteradas para esconder a causa morte como sendo COvid 19. Uma delas, a mãe do empresário Luciano Hang, o “véio da Havan”.

Hang é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e incentivador do chamado “tratamento precoce”.

Segundo os médicos, a suposta fraude na declaração de óbito de Regina Hang é um dos “inúmeros casos que não foram devidamente noticiados”. O relato sobre a mãe do empresário consta do capítulo “Da suposta fraude nas declarações de óbito”, do dossiê de mais de 60 páginas entregue à CPI.

O outro caso, se trata de um médico da própria PS que era defensor do tratamento precoce e que morreu apesar de fazer uso dos medicamentos que atestava a outros.

A CPI segue e está em vias de encerrar a fase investigativa. É esperar para ver “no que vai dar”, mas uma coisa é certa, há muitas coisas a serem desvendas e outras tantas ficarão no escuro, afinal é muita sujeira varrida por debaixo do tapete. Está longe dos políticos brasileiros respeitarem os cidadãos brasileiros.

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