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Vamos passarinhar em Alta Floresta?

“O verbo passarinhar representa um novo estilo de vida, mais consciente e marcado pelo contato mais próximo com a natureza.”

Nem todas as pessoas percebem o quanto as atividades ao ar livre faz bem para o corpo e para a alma. Porém, cada vez mais as pessoas estão despertando para essa vontade de sair de casa, do escritório e observar a natureza suas plantas, animais e os fenômenos naturais.

A observação de aves é uma das atividades em crescimento, principalmente agora em que em plena pandemia estamos mais recolhidos em nossos lares, acabamos sentindo um pouco mais a necessidade de “sair da jaula” ops! Sair de casa.

As aves encantam seja com suas cores, sons ou hábitos, e muitas pessoas começam a observar com mais atenção, catalogar, fotografar, observar, curtir, apreciar, contemplar, enfim cada um com seu jeito, pois afinal, o importante é conhecer esses seres vivos que alegram e diversificam nosso dia a dia.

Observar aves não é algo novo, estudiosos dizem que teve origem na Inglaterra no século 18, o termo tem um nome em inglês e chama birdwatching.

Observação de aves pode ser feita por crianças, jovens ou idosos, não tem essa regra de que é feita apenas por pesquisadores, biólogos, ornitólogos (aquele que é especialista em ornitologia).

A palavra ornitologia vem da junção de dois radicais, ornithos = pássaro ou ave e logus = estudo, sendo assim, ornitologia é o “estudo das aves” e o profissional que exerce a ornitologia é o ornitólogo. Vivendo e aprendendo!

E você pode se perguntar, assim como eu, afinal o que fazem esses ornitólogos?

Observação de aves aprofunda nossa relação com a natureza, com o nosso entorno, com nossa comunidade.

O turismo de observação de aves-birdwatching pode ser também uma importante ferramenta de desenvolvimento e conservação da biodiversidade. Ademais, atividade vinculada ao ecoturismo, em crescente expansão no Brasil, principalmente em áreas urbanas, parques e áreas rurais.

A observação de aves tem crescido e superado o turismo de massa. Possuí características e demandas singulares, promove o uso sustentado dos ambientes.

Segundo o CBRO-Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos, o Brasil é o segundo país que mais abriga avifauna do mundo, com cerca de 1.919 espécies de aves registradas até 2015, ficando atrás apenas da Colômbia. Dessa forma, mostra-se oportuno para o incentivo em nossa região e país.

O Estado do Mato Grosso, abriga três importantes biomas: Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal. Alta Floresta possuí mais de 583 espécies de aves catalogadas. Esse número representa cerca de 30% da lista de aves do Brasil (CRBO,2014).

Novas espécies ainda podem ser descobertas todos os anos, e acredite, essa biodiversidade surpreende e atraí cada vez mais turistas.

E se feito de forma responsável pensando na “saúde” da natureza, gera benefícios, sendo esse retorno o desenvolvimento da atividade turística, com a geração de trabalho e renda, atração investimentos, valorização dos produtos locais, valorização e conservação da cultura local e do meio ambiente.

Para captar os benefícios de forma eficiente e equilibrada para o meio ambiente e para a sociedade local é, portanto, necessário considerar a definição, elaboração e implementação de políticas públicas e legislação voltadas ao setor, atuando tanto no fomento ao desenvolvimento do capital humano e da cadeia produtiva do destino turístico, quanto na promoção junto aos seus consumidores – os turistas.

Com o aumento da demanda por novos roteiros de natureza, novas regiões têm se destacado como destinos que atendem este segmento.

Observa-se, porém, que a própria comunidade não vê que é algo acessível para toda a família, talvez falta a gente conversar um pouco mais sobre passarinhar?

Bom, minha proposta aqui é provocar a sua curiosidade, quem sabe, você aí leitor que chegou até aqui lendo esse monte de letrinhas, seja um futuro condutor ambiental local, que pode ter como profissão – conduzir visitantes na  

observação da natureza em nossa cidade, seja na área urbana ou rural.

Dessa forma, com mais pessoas pensando e propondo alternativas para observação da natureza, podemos viabilizar mais a prática dessa atividade em nossa cidade e região, e, até mesmo ampliar a prática como “hobby” (passatempo), ou como prática profissional que gera para você oportunidade de emprego e renda com a condução de turistas que vem para nossa cidade praticar a observação da floresta amazônica.

MEQUIEL ZACARIAS FERREIRA 

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