O governador Mauro Mendes (DEM) admitiu que o Estado estuda exigir a apresentação do cartão de vacina dos servidores públicos. Em entrevista à imprensa, o chefe do Executivo voltou a criticar o negacionismo em relação aos imunizantes e disse que a recusa da vacina pode colocar os trabalhadores em risco e prejudicar o próprio funcionalismo.
“Nós estamos estudando isso no âmbito da administração estadual, mas eu acredito sim que precisamos tomar uma medida. É lamentável que pessoas não se vacinem. Por exemplo: um servidor não se vacina, se contamina e ai tem que ficar 14 dias em casa sem trabalhar de atestado”, disse na última segunda-feira (30).
A fala ocorreu quando o governador comentava sobre a decisão do procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges Pereira, que tornou obrigatório a imunização para servidores do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
Contudo, além do Palácio Paiaguás, a resistência pelo imunizante também já é tratada pela Assembleia Legislativa. Em julho, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) apresentou um projeto de lei que prevê instituir a obrigatoriedade do comprovante de vacinação contra o novo coronavírus a todos os agentes públicos e privados do Estado.
A proposta ainda precisa ser analisada pela Comissão de Saúde e, posteriormente, pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação antes de ser submetida ao plenário para aprovação ou rejeição dos 24 deputados estaduais.
Nesse contexto, Mendes criticou o fato de algumas pessoas optarem em não se vacinarem e citou as comprovações cientificas que indicam a eficiência da vacina para evitar quadros graves da infecção, que só em Mato Grosso já matou mais de 13 mil pessoas.
Na ocasião, o gestor também afirmou que não se vacinar é a o mesmo que “cometer suicídio. “Se tem hoje uma vacina que estabelece clara e comprovadamente uma diminuição gigantesca da probabilidade de ter sintomas mais graves ou ser hospitalizado, você tem que adotar essas medidas. Caso contrário, você pode estar cometendo um ato que pode causar lesão ao interesse público e a sociedade”, finalizou.
Allan Mesquita/Gazeta Digital