Em depoimento à CPI da Covid, o epidemiologista Pedro Hallal disse que lockdown nacional de três semanas e vacinação diária de 1,5 milhão de pessoas por dia seriam a saída para que o Brasil conseguisse reduzir o número de mortos e casos da doença.
“O Brasil precisa vacinar, em média, 1,5 milhão por dia. Felizmente, esse número foi alcançado às vezes. O Brasil precisa, urgentemente, parar o país integralmente em três semanas, para que a gente possa colocar os números lá no chão – que nem aconteceu na cidade de Araraquara -, aí a gente parta para uma vacinação acelerada”, declarou.
O epidemiologista também responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelas mortes por Covid-19, devido ao seu negacionismo. Na perspectiva de Hallal, os ministros que geriram a Saúde do país cometeram erros e acertos, mas que nenhum deles foi diretamente o responsável pelo avanço das mortes.
“Infelizmente, a postura do presidente da República, como líder maior da nação, é a pior de todas as posturas que nós observamos enquanto cientistas durante essa pandemia”, disse.
A CPI ouve nesta quinta-feira também Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil e representante do Movimento Alerta. Ela aborda dados coletados sobre mortes ocorridas por conta da Covid-19.
Os depoimentos estavam previstos inicialmente para a próxima sexta-feira (25), mas foram antecipados pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). Devido à mudança, o depoimento do assessor do Palácio do Planalto Filipe Martins, previsto para a esta quinta, foi adiado.
Redação TV Cultura