Os pés e mãos do bebe Brian, achado enterrado sob um tanque em Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá), ainda não foram localizados. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) realizou varredura e procedimentos na casa onde mãe e filho moravam, mas nada foi achado. Um laudo irá dar detalhes sobre o crime cometido no imóvel. A mãe, chega a Mato Grosso nesta sexta-feira (21), após ter sido presa em Porto Velho (RO).
De acordo com o delegado responsável pelo caso, José Getúlio Daniel, uma equipe está em deslocamento a Rondônia para buscar a mãe do bebê, Ramira Gomes da Silva, 22, suspeita pelo assassinato. Ela deve chegar a Mato Grosso na sexta-feira e será interrogada pelos policiais.
“Ela foi ouvida lá, mas nos iremos fazer interrogatórios mais aprofundados aqui”, frisou o delegado. Segundo o policial, em Rondônia a acusada negou que tenha matado o bebê de 5 meses. Afirmou que ele se engasgou com leite e morreu. Admitiu que enterrou o corpo, mas não amputou nenhum membro.
Ela não explicou porque fugiu em vez de levar o pequeno para o hospital quando ele se engasgou. As justificativas apresentadas por ela até o momento são contraditórias e inconsistentes.
O pai do bebê ainda não foi achado. “Não consta nem o nome do pai na certidão da criança”, informou o delegado.Além de Brian, a mulher tem outra criança, de 4 anos, que mora com os avós paternos. O fato indica que os filhos podem não ter o mesmo pai.
O caso
O corpo de Brian foi achado na tarde de segunda-feira (17). Um cão havia farejado o e arrastado dos restos mortais para fora da cova rasa. Ele estava em mãos e pés e em avançado estado de putrefação. Estava no local há pelo menos 4 dias.Uma vizinha viu o corpo arrastado pelo cachorro e chamou a Polícia Militar. Não havia ninguém na casa e pessoas informaram que a mulher não era vista desde sexta-feira (14).
Ela foi presa na terça-feira (18), em uma balsa que atravessava de Rondônia para o Amazonas. Após enterrar o bebê ela veio para Cuiabá e seguiu para o estado vizinho, onde tem família.
Ela já foi interrogada na cidade, mas não deu explicações plausíveis sobre o crime.
Jessica Bachega/Gazeta Digital