O agora ex-ministro da Educação Abraham Weintraub informou que pretende deixar o Brasil “o mais rápido possível”, o que, segundo ele mesmo, deverá acontecer em “poucos dias”.
“Aviso à tigrada e aos gatos angorás (gov bem docinho). Estou saindo do Brasil o mais rápido possível (poucos dias). NÃO QUERO BRIGAR! Quero ficar quieto, me deixem em paz, porém, não me provoquem!”, escreveu o ex-ministro, no Twitter, na manhã desta sexta-feira (19).
Em seu discurso ao anunciar a saída do cargo, em um vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Weintraub relatou insegurança diante de ameaças a ele e seus familiares. O ministro não comentou os motivos de sua demissão, mas informou que irá assumir um cargo no Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos.
“O importante é dizer que eu recebi o convite pra ser diretor de um banco, eu já fui diretor de um banco no passado, volto ao mesmo cargo, mas no Banco Mundial. O presidente já referendou (a indicação ao Banco Mundial), obrigado, presidente, e com isso, eu, a minha esposa, os nossos filhos e até nossa cachorrinha, Capitu, a gente vai poder ter segurança, o que hoje está me deixando muito preocupado”, discursou o ex-ministro no vídeo divulgado na quinta (18).
A saída de Weintraub já vinha sendo especulada em Brasília por ser um dos protagonistas das recentes tensões entre os três Poderes, e faz parte de uma trégua que está sendo construída por interlocutores de Bolsonaro. A relação do ex-ministro com o Congresso também foi uma das justificativas da demissão.
Weintraub está sendo investigado no inquérito das fake news conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e também é investigado por declarações racistas em relação aos chineses. Foi dele a fala na reunião ministerial do dia 22 de abril de que “eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando pelo STF”, que tornou-se pública com a divulgação do vídeo pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Nos bastidores, tem ganhado força a possibilidade de que o atual secretário nacional de Alfabetização, Carlos Nadalim, assuma o cargo.