A Polícia Federal concluiu que não houve mandante no ataque contra o presidente Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral, em setembro de 2018. O segundo inquérito sobre o caso foi entregue nesta quarta-feira, 13, à Justiça Federal.
Para o delegado Rodrigo Morais, está provado que Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho e por iniciativa própria, sem apoio de terceiros.
“O que a investigação comprovou foi que o perpetrador, de modo inédito, atentou contra a vida de um então candidato à Presidência da República, com o claro propósito de tirar-lhe a vida”, destaca o delegado no inquérito.
De acordo com o inquérito, não ficaram provadas participações de outras pessoas, partidos ou agremiações partidárias, facções criminosas, grupos terroristas ou paramilitares em nenhum momento, “ainda que a maioria das pessoas acreditem na existência de suporte logístico ao perpetrador”.
O delegado Rodrigo Morais afirma ainda no inquérito que não há espaço para “apuração orientada pelo anseio popular” e que o trabalho foi feito com “rigor técnico”.
O segundo inquérito corrobora o resultado da primeira investigação feita em 2018, que, já havia considerado que Adélio Bispo agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação teria sido “indubitavelmente política”.
Adélio foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional.