Bruno Felipe / Da Reportagem
Desde o dia 23 de abril a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Amazônia (Territorial e Meio Ambiente) está em Alta Floresta fazendo um trabalho de levantamento de serviços ecossistêmicos na região com o objetivo de implementar o projeto ASEAM – Avaliação Econômica de Serviços Ambientais na Amazônia. O projeto é aprovado no contexto do Fundo da Amazônia, que é gerenciado pelo BNDES e Embrapa.
O objetivo do projeto é criar uma rede relacionada aos serviços ambientais e promover a difusão de conhecimentos e experiências sobre estes serviços, bem como promover a valoração e pagamento por serviços ecossistêmicos em territórios do bioma amazônico brasileiro para a agricultura familiar. “Esse projeto foi construído levando em consideração a demanda dos produtores rurais”, frisou Sérgio Gomes, Pesquisador e Dr. em Desenvolvimento, Espaço e Meio Ambiente, da Embrapa Territorial, em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário. Segundo Sérgio, o projeto surge para complementar as iniciativas ambientais que já estão sendo executadas em nossa região. “Para que tenhamos mais informações e quanto mais elas serem apuradas, mais valor terão”, acrescentou ele.
O projeto foi elaborado considerando três serviços ecossistêmicos: carbono, solo e água. Após todo o levantamento, os materiais produzidos a partir das experiências selecionadas pelo intercâmbio de conhecimentos sobre serviços ambientais e valoração dos serviços ecossistêmicos, serão utilizados para capacitar agricultores e técnicos, tendo em vista o potencial de gerar novas propostas de atuação. “A gente quer que o produtor entenda de serviços ecossistêmicos, quais os conceitos, até a hora que ele for participar de uma rodada de negociação para estruturar um pagamento de projeto, ou programa, ele saber o que está acontecendo ali”, explicou Sérgio.
O coordenador executivo da Direção de Meio Ambiente em Alta Floresta, José Alesando, disse em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário que até o dia 30 de abril os membros da Embrapa permanecerão no município fazendo análises em campo, conversando com algumas instituições que tenham trabalhos específicos na Bacia Mariana, uma vez que esta bacia hidrográfica é a mais importante da região, pois abastece toda a cidade de Alta Floresta. “Estamos fazendo uma soma de conhecimento do que já existe sobre a bacia Mariana e construindo esse documento de referência para depois ser feito uma conversa com os agricultores socializando esse conhecimento de pagamento de serviços ambientais”, frisou José.