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Bruno Felipe / Da Reportagem
Os alunos do curso técnico em enfermagem da Escola Técnica Estadual de Alta Floresta (Secitec) estão passando por grandes transtornos devido ao contrato de seus professores terem vencidos recentemente e por conta da escola não poder contratar novos profissionais os cursos simplesmente pararam. Segundo o diretor da instituição, José Luis Teixeira, isso tudo devido ao decreto de calamidade pública instaurado pelo Governador Mauro Mendes, o qual inviabiliza qualquer contratação e/ou despesas que a unidade possa estar fazendo.
Ocorre que, existe uma Lei Complementar a qual inviabiliza contratar professores que já estão há dois anos trabalhando na escola; o professor teria que descansar o terceiro ano e voltaria a trabalhar, se fosse o caso, no quarto ano e isso cria um grande problema, pois o mercado não é tão amplo. Atualmente necessita-se de imediato de seis enfermeiros que tenham disponibilidade para dar aulas. “Então mesmo que liberem esses contratos hoje, vem a dificuldade de encontrar o profissional dos cursos que vão parando”, salientou José. Outro problema relatado é quanto a prestadora de serviço que realiza a limpeza do local a qual está há três meses sem pagar os funcionários e os mesmos não estão mais prestando os serviços devido ao atraso.
Existe também a questão dos alunos que terminaram seus cursos em anos anteriores, mas que ainda não receberam seus diplomas. De acordo com José, os cursos precisam ser validados pelo Conselho Estadual de Educação, porém, os conselheiros são pagos através de diárias e devido ao decreto de calamidade, se torna inviável a contratação deste serviço no momento. “Cursos que terminaram em 2017 e nós já estamos em 2019 e até hoje não conseguiu esse recurso? Pedimos encarecidamente que haja um pouco de boa vontade para anteder, pois os alunos precisam do documento”, salientou José.
Lembrando que nesta semana, o deputado estadual Ondanir Bortolini (PSD), Nininho, fez uma indicação ao Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secitec), Nilton Borgato, para a convocação de dois professores para atender a demanda do curso técnico em Enfermagem. José afirmou que os professores ainda não estão atendendo a unidade, mas a indicação já foi para a Casa Civil e aguarda-se apenas a liberação do Secretário de Ciência e Tecnologia para a convocação. “Eu vejo como um descaso; o ano letivo começou, tem um calendário que foi publicado no diário oficial e nós temos que cumprir, não pode simplesmente fazer de conta que não está vendo o problema; o governo precisa priorizar mais a educação e resolver a situação”, concluiu José.
