Bruno Felipe / Da Reportagem
O ano virou, o governo mudou, passaram-se 3 meses do novo governo e o sofrimento da população parece que irá continuar. Segundo informações recebidas pela redação do Jornal O Diário, os médicos que atendem no Hospital Regional Albert Sabin (HRAS) estão há cerca de cinco meses sem receber os seus salários.
Pelo que foi informado para a reportagem, a cerca de dois meses, somente as cirurgias de emergência estariam sendo realizadas. Os chamados procedimentos eletivos (aqueles cujas cirurgias são programadas) estariam todos paralisados até que o pagamento dos médicos fosse normalizado. A reportagem do Jornal O Diário conversou com a Diretora Interina do Hospital Regional, Lúcia Tizzo, a qual confirmou apenas a informação sobre atraso salarial, as cirurgias eletivas estariam sendo realizadas normalmente segundo a diretora.
Segundo ela, o novo Secretário Estadual de Saúde informou que iria avaliar a situação de todos os Hospitais do estado, para assim, posteriormente, fazer o remanejamento dos salários. A diretora salientou que os salários dos meses de outubro e novembro de 2018 também estavam atrasados, mas o novo governo conseguiu realizar estes pagamentos antes de iniciar as avaliações dos hospitais do Estado.
Vale ressaltar que só não houve a paralisação nos serviços dentro do Hospital, pois segundo a diretora os médicos estão colaborando com a situação e que ainda esta semana, ela irá para a capital Cuiabá, afim de tentar solucionar o problema o mais rápido possível. Ela afirmou que voltará com uma posição aos médicos sobre a situação dos atrasos até a próxima segunda-feira (15/04). A diretora salientou que durante este período de atraso nos salários, houve apenas um problema relativo a falta de alguns medicamentos, ela afirmou que isso só ocorreu devido ao atraso das entregas das empresas que fornecem tais medicamentos, mas que isso já foi resolvido.
Lembrando que há pouco mais de um ano foi deflagrada uma greve no Hospital Regional de Alta Floresta e o motivo foi justamente cinco meses de atraso nos repasses. Naquela oportunidade, a greve, que durou mais de um mês, foi resolvida após cumprida a obrigação do estado.