O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) determinou, há pouco, que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) faça o bloqueio do tráfego de carretas e caminhões na rodovia federal, em Nova Santa Helena e Guarantã do Norte ( 124 e 233 quilômetros de Sinop, respectivamente) por conta das intensas chuvas na região de Novo Progresso e Moraes Almeida, no Pará, que tem causado diversos pontos de atoleiros.
A orientação aos caminhoneiros que ainda não estão na região é para que respeitem o bloqueio e iniciem o deslocamento de Mato Grosso ao Pará somente a partir da próxima terça-feira (5), para evitar maior degradação da via.
De acordo com a assessoria, a ação será necessária para realização de serviços de manutenção para garantir a trafegabilidade do trecho não pavimentado na BR-163, no Pará, por isso, o trânsito de carretas e caminhões na rodovia federal está sendo bloqueado por equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a pedido do Dnit, em Mato Grosso.
“O objetivo é garantir o escoamento da produção de soja e evitar o acúmulo dos veículos em Moraes Almeida, onde a subida das serras está com a pista escorregadia, dificultando a passagem de caminhões carregados. Após conclusão dos trabalhos emergenciais, o fluxo de caminhões será liberado gradativamente destravando o trânsito no local”, consta no trecho da nota.
Equipes do órgão, Exército Brasileiro e PRF também estão retendo os caminhões carregados no Posto de Controle de Trânsito (PCtran) da Serra da Anita (PA), sentido norte, rumo aos portos de Miritituba . A retenção de veículos é necessária devido à dificuldade de tração dos caminhões carregados em trechos em aclives, sob chuva. Mesmo com orientação dos agentes locais, alguns motoristas têm formado filas duplas e triplas ao longo do trajeto.
Conforme Só Notícias já informou, centenas de caminhoneiros estão parados há mais de 10 dias nos atoleiros entre Novo Progresso e Moraes Almeida. Alguns motoristas já estão ficando sem alimentos. As carretas estão fazendo o transporte da soja produzida em Mato Grosso para o porto de Miritituba, no qual segue para exportação.
O caminhoneiro e morador de Guarantã do Norte, João Carlos Miranda, disse, anteriormente, que alguns motoristas já tiveram que pegar carona e seguir até o Distrito de Santa Julia para comprar alimentos. “Alguns amigos nossos da mesma empresa e que estão parados nas filas tiveram que andar a pé e pegar carona para comprar alimentos e voltar para esperar ser liberados. O Exército não ajudou até agora. Os motoristas tiveram que sair pedindo carona. É um absurdo o que vem ocorrendo. Chega ser desumano ter que passar por essa rodovia para levar a produção do Estado até o porto”.
Dos 707,4 quilômetros da rodovia federal localizados desde a divisa com Mato Grosso até a entrada para o Porto de Miritituba, 658 quilômetros já foram pavimentados pelo DNIT. Os quase 49 quilômetros a serem asfaltados estão divididos em dois lotes de obras, sendo 3 km ao sul da Vila do Caracol e 46 km sob responsabilidade do Exército perto de Moraes Almeida.