Bruno Felipe / Da Reportagem
A professora de matemática Márcia Larocca e o professor de química André Riul, ambos da Escola Vitória Furlani, estão promovendo uma ação pedagógica com o intuito de reaproveitar a água que sai dos ares-condicionados da instituição. O projeto é desenvolvido pelos próprios alunos do 2º ano em parceria com os profissionais da instituição e gestão, sendo que durante alguns dias eles registraram a estimativa de captação da água feita através de baldes. De acordo com o Prof. André, a água precisa passar por um tratamento para poder ser consumida, mas assentiu que pode ser reutilizada em algumas atividades como a molhagem de horta e também a limpeza das estruturas.
Neste projeto, os alunos puderam estudar conteúdos relacionados a geometria, volume, medidas, grandezas, estimativas, proporcionalidade, etc. A intensão, segundo a Prof. Márcia, é de despertar os alunos para estudos significativos de forma que aconteça a interdisciplinaridade e a transposição didática inserida no contexto da escola. “Eles se dedicam mais quando o trabalho é dessa forma e isso é muito trabalhoso, pois tem muito cálculo para ser feito, mas vale a pena, é gratificante”, disse a professora em entrevista ao Jornal O Diário. Ela ressaltou que os alunos farão, através das aulas de química, as pesquisas necessárias para garantir que a água poderá realmente ser utilizada e nesse sentido, aprender enquanto promovem a cidadania.
A princípio, conforme os cálculos realizados na manhã desta quarta-feira 05, em apenas um ar-condicionado, durante um período aproximado de 3 horas, o montante de água captada foi de 2 litros e 800ml. Atualmente, a escola possui cerca de 50 ‘ares’. “Então além de nós fazermos algo interessante no ponto de vista sustentável, de economia e de futuro, estamos também ensinando os alunos sobre cidadania e meio ambiente, então é didático e é viável economicamente”, disse o professor André em entrevista ao Jornal O Diário.
A ideia da gestão escolar é realizar uma canalização dessas águas direto para a horta da escola e/ou para recipientes. Mas conforme o diretor Dagmar Costa Campos explicou para a reportagem do Jornal O Diário, isso possui um custo elevado e nenhuma parceria foi firmada, por conta disso o projeto precisou ser adiado, porém, Dagmar salientou que a construção será feita nos próximos dias com recurso próprio.