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Unemat está ‘pistola’ com o suplente de deputado estadual Ademir Brunetto

Kariny Cristina / Bruno Felipe
 Da Reportagem

Em entrevista exclusiva ao Jornal O Diário o Diretor Político Pedagógico e Financeiro do Campus da Unemat de Alta Floresta, Prof. Dr. Luiz Fernando Caldeira Ribeiro, se posicionou sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), proposto pelo suplente de deputado estadual Ademir Brunetto (PSB), que revoga o artigo 246 da Constituição Estadual, que dispõe sobre os repasses financeiros feitos à Universidade. Se aprovada a Emenda, o orçamento da Universidade passará a ser controlado pelo Executivo, o que não ocorre desde 2013. Segundo Luiz, a proposta de certa forma tira a autonomia da Universidade.

“Em nenhum momento nós somos contra a abertura de curso, mas somos sim contra a forma que foi realizada, a forma brutal e ditatorial e impositiva que nos foi colocada, não vamos aceitar isso nunca, uma Universidade democrática não aceita isso, uma Instituição que preza pela liberdade não pode aceitar que alguém chegue e protocole um documento contra ela ferindo o que ela tem de mais importante, que é a sua autonomia e não vamos aceitar isso”, explicou ele.

A Universidade, segundo o gestor, sofreu um contingenciamento de 6 milhões de reais em 2018 devido à crise financeira enfrentada pelo Estado, o recurso seria investido em infraestrutura.

Conforme o diretor explicou para a reportagem, para a aprovação dessa emenda em 2013 foram feitas algumas concessões; era previsto a abertura do curso de medicina veterinária, mas conforme ele, não houve a abertura porque quando aconteceu a discussão a comunidade interna da instituição optou pelo curso de direito. “Então é uma inverdade dizer que Alta Floresta não foi contemplada com um curso, foi sim com o curso de direito, então a missão que nos foi dada através da emenda constitucional 66 foi comprida”, explicou.

Para ele, com o cenário atual do Estado a abertura do curso de medicina veterinária com o orçamento atual de 2.5% da receita liquida é impossível, porém, o deputado que assumiu o cargo este ano, segundo o diretor, em nenhum momento antes de protocolar a PEC procurou a coordenação de Ata Floresta para esclarecer os motivos da não implantação do curso. “A partir do momento que você protocola uma PEC dentro da Assembleia Legislativa sem conversar com a Instituição fica duvidoso os objetivos do senhor deputado, então a UNEMAT abomina e condena qualquer forma antidemocrática em que ela esteja envolvida”, destacou.

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