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População pede socorro à políticos por falta de Centro de Hemodiálise em Alta Floresta

Bruno Felipe
Da Reportagem

FACE

Em seus quase 42 anos de existência, o município de Alta Floresta ainda não possui um Centro de Hemodiálise. Por conta disso, algumas pessoas precisam se deslocar até outras regiões para realizar o tratamento. Quando os rins deixam de funcionar, a hemodiálise surge como um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos.

Em sua página pessoal do Facebook, o pioneiro Rachid Noujain atribuiu ao fato da não existência do Centro de hemodiálise à inércia dos Políticos, citando o sofrimento do empresário Aparecido Carlos Machado, popular Maçarico, outro pioneiro de nossa cidade. Atualmente Maçarico vive sozinho em Sinop para realizar o tratamento. Por meio das mídias sociais, Heidy Machado, filha de Maçarico, agradeceu as palavras de Noujain, lamentando o sofrimento da família em ter que ver o pai na atual situação, justamente por não ter um centro de tratamento em nosso município.

Confira trecho da publicação de Rachid Noujain em sua página pessoal no facebook: (“…temos em Sinop, meu amigo Massarico, fundador de Alta Floresta Guerreiro, ainda bem que a respeitada Sinop abriu suas portas a esse que ta lá sozinho nessa luta árdua sendo que sua família está em Alta Floresta…Senhor prefeito Dr Asiel, médico dono de hospital, senhor deputado Romoaldo Junior… Sr Deputado Federal de Sinop que só aparece aqui na hora do voto (…) O político que puder ajudar essas famílias que a tristeza habita seus corações, vamos façam essa caridade, não deixem nossa população sem resposta, várias pessoas e famílias sofrem (…) meu desabafo, minha vergonha.”)

REGIONAL AF

A reportagem do Jornal O Diário foi em busca de informações para saber por qual motivo Alta Floresta ainda não possui o Centro de Hemodiálise. O vereador, atual presidente da comissão da Saúde da Câmara Municipal e também Médico, Dr. Charles Miranda Medeiros, explicou Alta Floresta não possui os critérios necessários exigidos pelo Ministério da Saúde para que um centro de hemodiálise seja implantado. Ele informa que é necessário um local adequado para que seja construído o centro, com equipamentos específicos para a realização de exames que acompanham a função renal, bem como uma equipe de profissionais capacitados com Médicos (nefrologistas ou urologistas), enfermeiros (as), laboratorista, farmacêuticos entre outros, com especialidade nessa área de atualização. Ainda de acordo com o médico/vereador, seria necessário (na verdade fundamental) a construção de uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) em Alta Floresta, “Se não tivermos UTI’s e houver uma complicação na hora do tratamento, como que essa pessoa vai ter um suporte adequado de atendimento de acomodação para a manutenção da sua vida?” explicou Charles.

Outra exigência é quanto ao número de habitantes, normalmente os centros são implantados em cidades com no mínimo 100.000 (cem mil) habitantes. Mas de acordo com ele, Alta Floresta, por ser polo atenderia população superior ao exigido pelo MS, sendo suficiente para solicitar um centro de tratamento. De acordo com o vereador, a população pode se reunir, procurar os vereadores e solicitar uma audiência pública para que o assunto seja discutido.

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