O ex-governador Silval Barbosa (sem partido) inicia nesta segunda-feira (18) uma série de oitivas à CGE (Controladoria Geral do Estado) sobre ações tomadas em seu governo, com indícios de irregularidades. Os depoimentos serão recolhidos até o dia 18, próxima quinta-feira.
Conforme a Controladoria, o depoimento de hoje é referente a investigação preliminar que envolve 91 empresas contratadas pelo Estado durante a gestão de Silval Barbosa (2010-2014), cujos nomes foram citados pelo próprio ex-governador em acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria Geral da República).
Nas auditorias realizadas pela CGE, desde o início do mandato de Pedro Taques (PSDB) foram identificadas fraudes em contratos em várias áreas, com concentração de casos em obras de infraestrutura e de saúde.
Em 2017, o Circuito Mato Grosso publicou uma reportagem que aponta desvio de R$ 1,03 bilhão da saúde em Mato Grosso. O valor corresponde ao orçamento da Secretaria de Saúde (SES) de 2014, último ano do governo Silval Barbosa.
O número de 91 empresas foi dado por Silval Barbosa à PGR. Segundo ele, todas elas tiveram algum tipo de envolvimento em ações fraudulentas com Estado durante seu governo, incluindo o pagamento de propinas a agentes públicos. Os dados também citam o nome de 128 empresários que teriam sido beneficiados com esquemas.
Além de saúde e infraestrutura, correm na Justiça estadual investigações na Seduc (Secretaria de Educação) e postos de agentes reguladores fiscais.