Foi realizado na manhã desta quarta-feira, 06, no auditório da 8ª Subseção da OAB/AF, uma reunião de apresentação à sociedade do serviço “Família Acolhedora” implantado em Alta Floresta em maio de 2016 e que está prestes a apresentar os primeiros resultados, “nós temos duas famílias que eu imagino, o prazo mais tarde será em janeiro, essas crianças estarão inseridas nestas famílias acolhedoras”, afirmou a secretária de Assistência Social de Alta Floresta Luzmaia Quixabeira.
O encontro, segundo a secretária, aconteceu para postar à sociedade o que é o serviço Família Acolhedora e como está se desenvolvendo em Alta Floresta, que é a primeira cidade de Mato Grosso a implantar o serviço, que prevê acompanhamento de psicólogos e assistente social, antes do acolhimento. “Nós temos uma equipe técnica composta por um coordenador, uma assistente social e uma psicologia, o município capacitou essa equipe, eles foram in loco em outros estados aonde a Família Acolhedora é referência, eles foram em São Paulo, Bahia e Rio Grande do sul, foram ver como é desenvolvido o serviço de Família Acolhedora”, afirmou.
O atendimento de crianças e adolescentes em serviços de acolhimento está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, razão pela qual é necessária a participação tanto do serviço de assistência social do município, como do Ministério Público e do Poder Judiciário. A juíza da 2ª Vara Cível (Infância e adolescência) da Comarca de Alta Floresta, Cristiani Pandim, recém chegada à Alta Floresta, mostrou-se empolgada com a atenção dada pelo município às crianças e adolescentes. “O acolhimento é uma medida de proteção prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente e ocorre quando a criança ou o adolescente não está recebendo proteção e cuidados adequados dos pais, da família natural, em decorrência disso ele é retirado, provisoriamente, do contato com os pais e acolhido. E este acolhimento pode ser através de uma instituição, como nós temos aqui a Pinardi e a Casa Lar ou em família acolhedora, a legislação prefere que seja em famílias acolhedoras”, explicou.
Em 2018, segundo a magistrada, já haverá a possibilidade de ofertar concretamente este serviço, “a criança e o adolescente se sentirá, como o próprio nome diz, mais acolhida, com uma mãe, com um pai, com um atendimento, um acolhimento, individualizado, o que com certeza trará um melhor desenvolvimento tanto educacional, como profissional e pessoal e até espiritual dessa criança e adolescente”, afirmou.
Neste contexto, afirmou, o Poder Judiciário tem o papel de tomada as decisões, muito embora o trabalho em rede, “é muito importante que a engrenagem funcione entre judiciário, ministério público e toda a rede municipal para que tenhamos sucesso nesse serviço”, finalizou.