“É mais um cumprimento das regras do nosso processo de audiências públicas para as concessões”. As palavras foram ditas pelo Secretário adjunto de engenharia da Sinfra, Secretaria de infraestrutura do Estado de Mato Grosso, e dão o tom do que foi a “audiência pública” realizada em Alta Floresta para apresentar o projeto de concessão de um trecho de pouco mais de 200 km entre Alta Floresta e Santa Helena (entroncamento da BR 163), tratou-se apenas de uma “apresentação” do novo modelo.
O trecho que será concedido à iniciativa privada compreende, na MT 208, Alta Floresta e Carlinda e na MT 325, parte de Carlinda, Nova Canaã do Norte, Colíder e Nova Santa Helena. Pelo menos outros quatro municípios serão afetados diretamente pelo novo modelo, aonde o cidadão terá que pagar pedágio se quiser utilizar a estrada pública, porém apenas quatro municípios se fizeram representados no encontro, Alta Floresta (sede) Paranaíta, Carlinda e Colider, ainda assim, numa rápida contagem, não mais do que 20 pessoas destas quatro cidades estiveram presentes, do montante de 57 pessoas contabilizadas pela reportagem do O Diário. Dentre os presentes, apenas uma associação estava representada, ainda assim, trata-se de associação criada pelo próprio Governo estadual atual para atuar na recuperação de estradas.
Dos quase 80 vereadores das cidades impactadas, apenas 7 estiveram presentes, sendo 6 aqui de Alta Floresta e 1 de Paranaíta. Dos 8 municípios presentes, apenas três prefeitos, de um “sem número de autoridades civis e militares”, apenas um participou da audiência pública.
Na fala do subsecretário da Sinfra, a audiência pública teve o objetivo de buscar “contribuição da população, da parte política, da parte produtora, da parte civil da região pra que nos tragam as contribuições para estes nossos projetos de concessão da MT 320”, afirmou. Perguntado sobre a baixa participação de pessoas representativas da sociedade, Rogério Arias, apegou-se aos políticos que estiveram, “o que tem que trazer, o que se somou, é que a parte política está aqui dentro, ou seja, que faz está divulgação, a gente sabe que a Câmara está presente, os vereadores estão aqui e esses vereadores vão procurar suas bases, vão discutir, isso traz pra nós uma tranquilidade”, afirmou, completando, “uma missão cumprida aqui em Alta Floresta”.