Altair Nery
O presidente do DEM – Partido Democratas, de Alta Floresta, pecuarista Moisés Prado, fez uma declaração bombástica nas redes sociais no inicio da noite desta terça-feira e chegou a dizer que “amanhã o DEM não terá mais vereador”, no caso de ter havido prejuízo para a população. O DEM tem apenas uma cadeira na Câmara, vereador Marcos Menin, que votou favorável na matéria polêmica.
Entenda. A prefeitura de Alta Floresta enviou ontem pela manhã para a Câmara de Vereadores um projeto de lei com várias alterações no Código Tributário do Município, algumas que vem sendo cobradas há anos pelas próprias entidades do município. No entanto, a matéria deu entrada em regime de urgência especial, o que levantou interesse de algumas entidades que pediram uma reunião, ainda pela manhã com os vereadores e até com o prefeito de Alta Floresta, Asiel Bezerra de Araújo. Dentre as entidades, participaram da reunião membros do Rotary Alta Floresta, Rotary Alta Floresta Centro, Simenorte, Sindicato rural, CDL e do Escritório DK escala, dentre outras.
Após demonstração de interesse em que as alterações fossem discutidas mais amplamente, os vereadores entraram em consenso e decidiram por “derrubar o regime de urgência” para que a matéria tivesse tramite normal. “Nós chegamos a ser aplaudidos pelas entidades”, disse a vereadora Cida Sicuto.
Porém, no período da tarde, houve uma reviravolta e a Câmara que havia “dado a palavra”, voltou atrás e não só confirmou o regime de urgência, como ainda aprovou, sem nenhuma discussão, todas as alterações propostas, sem a participação da sociedade. Os vereadores Elisa Gomes, Mequiel Zacharias, Dida Pires e Cida Sicuto foram contrários ao Regime de urgência. “Eu não sou contra o projeto, pelo contrário, tem muitas mudanças que precisam ser feitas, eu sou contra essa coisa de empurrar goela abaixo, sou contra nós termos dado a palavra para a sociedade e depois acontecer uma traição destas”, disse a vereadora Cida Sicuto à reportagem do O Diário.
Perguntado pela reportagem do O Diário sobre que consequências que poderia ter o vereador Marcos Menin por ter votado à favor das mudanças no Código, o presidente do DEM Moises Prado disse que primeiro precisará ver se houve prejuízo à sociedade e também o porque desta traição à própria sociedade, já que houve um acordo e bastou as entidades vivarem as costas para a Câmara mudar tudo o que combinou.