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Esquema de corrupção em Mato Grosso pode ter movimentado R$ 813 milhões, estima procuradoria

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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, autorizou abertura de inquérito para investigar os citados na delação de Silval Barbosa, ex-governador de Mato Grosso. Também fizeram delação a esposa, o irmão e filho do político.

Eles denunciam, em colaboração com o Ministério Público Federal, a existência de esquemas de corrupção de 2006 a 2014 que, segundo cálculos da procuradoria, somam mais de R$ 813 milhões.

Os investigados são conselheiros do Tribunal de Contas do estado, procurador, políticos de Mato Grosso, além do ministro da agricultura, Blairo Maggi.

Nos vídeos entregues ao Ministério Público, um assessor do Silval Barbosa gravou a entrega de maços de dinheiro vivo a deputados e prefeitos, entre eles o atual prefeito da capital Cuiabá, Emanuel Pinheiro. Cada um teria recebido R$ 600 mil em parcelas de R$ 50 mil cada.

O Procurador-Geral, Rodrigo Janot, descreve que havia em Mato Grosso um do sistema de corrupção que dava governabilidade ao estado, com compra de vagas no Tribunal de Contas e pagamento de mensalinho a onze deputados estaduais para aprovar projetos e evitar CPIs.

Segundo Janot, Blairo Maggi seria a mais importante liderança da suposta organização.

Entre os crimes descritos está o de organização criminosa, gestão fraudulenta, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

O delator Silva Barbosa se comprometeu a pagar R$ 70 milhões em multas por danos causados pelos crimes assumidos. O ex-governador de Mato Grosso ficou preso por quase dois anos e atualmente cumpre prisão domiciliar. Ele é réu em seis processos.

O ministro Blairro Maggi, em nota, afirmou que nunca agiu ou autorizou para agirem de forma ilícita dentro das ações de governo ou para obstruir a justiça e repudia a afirmação de que comandou esquemas criminosos. Maggi lamentou o que chamou de ataques a sua reputação e disse que recebe com tranquilidade a notícia da abertura de inquérito, pois poderá se defender.

Já o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, se defendeu nas redes sociais. Disse que não teve acesso ao conteúdo da delação e que por recomendação dos advogados não vai comentar o assunto.

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