“O governador já vai pra três anos de mandato, sempre culpando o passado, mas ele é responsável pelo Estado, deixe que a Justiça faça a justiça com quem roubou, o que roubou tá preso, vamos cuidar do estado”.
A frase acima é atribuída ao presidente da Câmara de Alta Floresta, Emerson Machado que ontem “descascou” contra o governador Pedro Taques a quem chamou de “inoperante, incapaz e irresponsável”.
A revolta se dá porque de maneira unilateral, sem qualquer explicação nem motivação, Taques cancelou uma reunião com os presidentes da mais de 100 Câmaras de Vereadores de todo o estado. Curiosamente, Taques manteve a agenda com prefeitos e vice prefeitos que reuniu cerca de 110 municípios, mas não quis, nas palavras de Machado, atender aos vereadores que estariam em sua maioria revoltados com a postura do chefe do Executivo estadual.
O presidente disse que apresentaria uma série de reivindicações ao governador, como por exemplo a construção de rotatórias ou viadutos na entrada da cidade para melhorar o acesso e dar mais segurança aos motoristas que transitam pela MT 208.
Outra reivindicação que seria apresentada é quanto às condições do Hospital Regional Albert Sabin que está com telefone e internet cortados e os salários dos médicos atrasados, gerando muitos dissabores à população.
Machado cobra a participação do Governo em Alta Floresta, mas disse que o que pode estar acontecendo é a velha política do “quanto pior melhor”, quando o gestor abandona uma região e depois aparece com “migalhas” para transparecer que é um grande feito.
E por falar em saúde…
Os médicos do Hospital Regional Albert Sabin deflagraram um movimento grevista para a próxima quinta-feira, 06 de abril a partir do meio dia. Na semana passada foi protocolado uma reclamação em nome de 9 médicos da ala de urgência e emergência, que estavam com 4 meses de salários atrasados (considerando março), imediatamente o governo autorizou o pagamento de dois meses e a manobra foi clara, enfraquecer o movimento.
Só que as reivindicações apontadas no documento de deflagração da greve vão além dos salários, os médicos clamam por outras pautas como contratação de profissional para triagem, melhora nas condições estruturais que tem que ser favorecidas em favor dos médicos, melhora nas condições de segurança e claro, os salários.
O diretor do HRAS José Marcos, “escalado” pelo governo para defender a instituição, já deixou claro o discurso, primeiro dizendo que não são quatro salários, mas apenas um (excluiu março que venceu no dia 31) segundo que não tratou, na entrevista que fizemos, aos médicos como funcionários e sim as empresas médicas que nada mais é do que uma estratégia vil e malandra que a bem da verdade não foi adotada pelo atual governador, nem ao passado e sim vem do Período em que o hoje senador Blairo Maggi administrava Mato Grosso, que é a contratação de uma empresa, que em seguida contrata os médicos. No melhor dos cenários o governador da época e a ex-prefeita de Alta Floresta queriam “fugir da LRF”, já que naquele momento o hospital era regional e parte do recurso vinha por convênio com o estado. Se formos apontar um cenário mais pessimista a coisa pode ficar mais feia ainda, por isso, melhor parar…
Outra coisa a ser analisada é saber se os médicos que não fizeram proposta de greve (os das especialidades) receberam como seus colegas grevistas… informação relevante!