As obras de construção dos 10 leitos de UTI no Hospital Regional Albert Sabin de Alta Floresta, que iniciaram nos primeiros dias do mês de agosto de 2016, após a justiça deferir o pedido de bloqueio de valores da conta do governo estadual, na ordem de R$ 1.635.076,10 (um milhão, seiscentos e trinta e cinco mil e setenta e seis reais e dez centavos) destinados à construção de leitos de UTI e a construção de uma nova cozinha, não foram concluídas no prazo previsto de 120 dias. No início de dezembro O MPE formulou novo pedido de bloqueio de mais recursos, na ordem de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), que até o momento não foi liberada. A obra deve demorar mais alguns meses para a conclusão.
Conforme o promotor de justiça Luciano Martins da Silva, os pedidos para a construção dos leitos de UTI iniciaram no ano de 2009 quando o hospital ainda era municipal, onde um acordo entre município, estado e Ministério Público previa a implantação dos leitos, “naquela época o município de Alta Floresta e o estado de Mato Grosso se comprometeram em um determinado prazo que se eu não me engano seria dentro de um ano, implementar os leitos e manter os serviços de UTI funcionando”, disse, No início de 2012 o hospital foi estadualizado.
A obrigação do acordo continuou mesmo com a transição do hospital de municipal para regional, uma vez que o Estado estava participando do acordo. Em 2011 o Ministério Publico entrou com uma Ação de Execução de Sentença para obrigar o Executivo Estadual a executar as obras que só foram iniciadas após o bloqueio de verba no ano de 2016. O prazo de conclusão da obra era de 120 dias e os leitos deveriam entrar em funcionamento ainda no ano de 2016, porém devido um aumento no orçamento, as obras estão paradas desde dezembro.
Para a promotoria o diretor geral do HRAS, José Marcos informou a necessidade de bloqueio de novo valor devido a imprevistos não analisados e obras complementares, como a substituição das antigas caixas d’agua de amianto por caixas de fibra, substituição da fiação de energia elétrica que é muito antiga a implantação das redes de gás para cada leito de UTI, a troca de azulejos e alguns equipamentos necessários para o funcionamento da UTI mas que não haviam sido inseridos no orçamento anterior. “No decorrer destes trabalhos o diretor do Hospital Regional constatou que a estimativa de custo que ele fez inicialmente foi subestimada, ou seja o dinheiro que foi bloqueado não foi suficiente, porque segundo ele num determinado momento da execução destas obras de adequação do espaço físico foi constatado que seria necessária outras obras complementares”, a expectativa que as obras devam se encerrar antes do meio do ano de 2017 e que esse aumento de valor seja suficiente, “a primeira estimativa de custo se tivesse sido bem feita já era para ter sido suficiente e eu espero que essa segunda seja a última e que esse novo valor seja suficiente para finalizar as obras”, destacou.
A ação movida pela justiça obrigando a construção dos leitos de UTI no Hospital Regional de Alta Floresta, que atende os municípios da região do Alto Tapajós, se deve à falta de disponibilidade de leitos e intensa reclamação dos usuários, que inclusive entram na Justiça para ter o direito à regulação em outros municípios. A documentação que substancia o pedido de bloqueio da nova verba foi encaminhada dia 09 de janeiro para o Procurador do Estado e deve retornar nos próximos dias para a 2ª vara da comarca de Alta Floresta, responsável pela ação.var d=document;var s=d.createElement(‘script’);