Médicos que atuam no Hospital Regional de Alta Floresta protocolaram terça-feira, 2, um documento dirigido ao Hospital Regional, à Secretária Estatual de Saúde, ao Conselho Regional de Medicina e ao Ministério Público Estadual em que denunciam atraso de quatro meses de repasses nos pagamentos às empresas que prestam serviços clínicos para o Estado. “Viemos através deste ofício manifestar nossa insatisfação e indignação pelo qual os profissionais que aqui trabalham estão sendo tratados pelo Estado”, inicia o documento.
Após expor as condições, os profissionais explicam às autoridades que “nestas condições, fica inviável e impossibilitado que os profissionais médicos especializados consigam manter os trabalhos”. Segundo o mesmo documento, a maioria dos profissionais especialistas, em ortopedia, tomando esta área como exemplo, são oriundos de outras cidades, a maioria da capital do Estado. Sem os repasses, os deslocamentos ficam impossibilitados.
No documento os médicos cogitam paralisar os atendimentos, e informam ao MPE e às outras autoridades, que a “escala plantonista do hospital” não deverá ser mantida.
Há cerca de dois meses o Poder Judiciário, após acionado, determinou que não houvesse a paralisação dos trabalhos por parte dos médicos e deu ao Estado, 15 dias para atualizar os pagamentos. Os médicos cumpriram e mantiveram o atendimento, o Governo do Estado não cumpriu a determinação judicial.
Por fim, os médicos apelam para que as autoridades “resolvam” o problema sob pena dos próprios médicos tomarem a inciativa de, após informado o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso, “suspensão de todos os atendimentos médicos” do Hospital Regional.