Eliza Gund/ Nativa News
Há cerca de três semanas o cuidador de uma área de preservação em Alta Floresta vem sofrendo com crimes ambientais registrados no local. A morte de répteis é reclamada, e o cuidador pede auxílio.
A área de preservação no bairro Cidade Alta, na esquina da Avenida Mato Grosso com a rua Acre, é cuidada e foi revitalizada pelo senhor Josias Delbianco, que tem todo um carinho com o local há mais de 20 anos, e já é conhecida como “O Parque do Josias”.
Há cerca de três semanas o cuidador se deparou com uma das serpentes daquela área morta. O animal, uma jiboia, de acordo com Josias, habitava o parque há muito tempo, “Eu sempre tinha cuidado em não machucar ela toda vez que limpava aqui, sempre olhando onde ela estava para não ter risco”, frisou o cuidador, se dizendo chocado com o acontecido. O réptil foi enterrado na área ao lado.
Para descontento do cuidador nesta segunda-feira (13) junto a nascente, ele se deparou com um jacaré morto, com a barrigada e cabeça retirada. Intrigado com a situação, o animal foi enterrado. A surpresa foi maior quando na manhã de terça-feira (14), outro jacaré foi encontrado na mesma situação. Sem ter o que fazer a respeito, o cuidador acionou a imprensa local para denunciar os crimes registrados.
De acordo com a Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, é crime ambiental cabível de multa e detenção, previsto no “Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
I – quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;
II – quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;
III – quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.”
Josias enterrou os animais e não quis formalizar queixa junto aos órgãos competentes, pois já não foi atendido em outras ocasiões pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O cuidador ainda reclamou a falta de atenção que é dada ao local, e pedidos que fez, como o de iluminação pública adequada na rua, que não foram atendidos.