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Pais aprovam iniciativa do governo em diagnosticar a educação

JPGEliana Bess
Seduc-MT

As escolas de Alta Floresta estão se preparando para a Avaliação Diagnóstica do Ensino Estadual de Mato Grosso (Avalia MT). As provas serão realizadas nos dias 29 e 30 de março, mas o envolvimento da comunidade estudantil começou bem antes, com a aplicação de simulados. Cerca de 163 mil estudantes vão participar da avaliação, que tem o objetivo de diagnosticar e melhorar o ensino na rede pública de ensino.
Na Escola Estadual Marinez Fátima de Sá Teixeira, o assunto foi tratado em reunião com os pais, que aprovaram a iniciativa do governo. “Acho de extrema importância essa avaliação para ver o desenvolvimento e desempenho dos alunos e se a forma que o professor está ensinando está dentro do desejável. Avaliará alunos e professores”, destacou Devanete Baltazar de Toledo, que tem um filho no 6º ano do Ensino Fundamental.
Devanete entende que o propósito da avaliação é fornecer dados para que as futuras decisões aconteçam de acordo com as necessidades. “Porque dependendo do resultado, saberemos se a metodologia de ensino que está sendo oferecida aos estudantes é satisfatória. Se for um bom resultado, mostrará que os professores estão com desempenho legal e que os alunos estão se dedicando. Se não for bom, indicará que precisará de métodos mais criativos para atrair e despertar o interesse dos estudantes”, concluiu a mãe.
Reinaldo dos Santos também gostou da ideia da avaliação. “Vamos saber se o conteúdo pedagógico está funcionando ou se vai ser precisar mudanças”, frisou ele, que é pai de uma estudante da escola.
“Fomos comunicados na reunião, aliás era o principal assunto a ser discutido. Fiquei contente com a ideia. Vai ajudar inclusive os pais que por algum motivo não conseguem participar da vida escolar do filho. Se esse pai não vai à escola, agora o resultado vem para casa, já que apontará como está o aprendizado do estudante”, disse Ádala Nassar Neves Salomão, também mãe de aluno que fará a prova em Alta Floresta e para quem a Avaliação servirá de incentivo para os estudantes.
“Toda a comunidade se envolveu, as escolas adotaram suas alternativas para divulgar e tranquilizar os estudantes que farão a prova, aplicaram simulados, mostraram como é feito o preenchimento do gabarito, visando familiarizar os alunos”, relatou o assessor pedagógico de Alta Floresta, José Marcos dos Santos, que coordena o processo de avaliação na cidade.
Serão testados os conhecimentos de Língua Portuguesa e Matemática dos estudantes do 2º, 4º, 6º e 8º anos do Ensino Fundamental e do 1º e 2º anos do Ensino Médio. Sendo que, com exceção dos alunos do 2º e 4º anos, os demais responderão ainda, durante a prova, a um questionário socioeconômico.
Os estudantes terão 2h30 para responder os itens da prova, o questionário e ainda preencher o gabarito de respostas.
Gestores
Diretores e coordenadores pedagógicos das 469 escolas urbanas, 12 de campo e duas unidades quilombolas, que participam da avaliação, responderão a um questionário socioeconômico. “A diferença é que esse público responderá online”, pontuou a técnica da Seduc Maria Aparecida Toló.
Ela explica que outro critério a ser seguido diz respeito aos responsáveis pela aplicação da prova. Ou seja, professores unidocentes do 2º e 4º anos e os de Língua Portuguesa e Matemática das turmas avaliadas não poderão aplicar a prova.
Avalia MT
Com o objetivo de proporcionar aos gestores a reformulação de políticas educacionais, o projeto foi lançado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), no dia 10 de março.
A avaliação será feita pela Seduc em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd) da Universidade Federal de Juiz de Fora, referência no país e atuante em 19 estados, incluindo Mato Grosso.
De acordo com o secretário Permínio Pinto, “a avaliação é uma oportunidade de conhecer, já nos próximos meses, nossos próprios índices (Mato Grosso), sem ter que esperar a cada dois anos os dados do governo federal”, pontuando que a iniciativa vai corrigir o déficit do aprendizado e nortear o processo formativo dos profissionais, que será feito por meios dos Cefapros.

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