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Jornalistas são presos por extorsão de autoridades públicas e empresários

policiaAssessoria | PJC-MT

Cinco jornalistas foram presos na manhã deste sábado, 12, por extorsão de autoridades públicas, empresários e pessoas físicas com alto poder aquisitivo. A prisão dos cinco foi efetuada na operação denominada “Liberdade de Extorsão”, da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), inserida na operação da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Carga Máxima.
Quatro jornalistas do Grupo “Millas Comunicação”, que administram os veículos de comunicação Centro-Oeste Popular, Notícias Max e Brasil Notícias, foram presos por mandados de prisão preventiva. São eles: Antônio Carlos Millas de Oliveira, dono do Jornal Centro-Oeste Popular, seus filhos Max Feitosa Millas, dono do Notícia Max, e Maycon Feitosa Millas. Também está preso por prisão preventiva, o editor-chefe do Brasil Notícias, com sede em Brasília, no Distrito Federal, Naedson Martins da Silva.
O jornalista, Antônio Peres Pacheco, está preso por mandado de prisão temporária (5 dias) por ligação também em crimes de extorsão.
O jornalista Maycon Feitosa Millas foi preso em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O jornalista Naedson Martins da Silva, teve o mandado de prisão cumprido em Brasília (DF). Antônio Carlos Millas recebeu voz de prisão em sua fazenda, no município de Nossa Senhora do Livramento e os demais em Cuiabá.
O delegado da Fazendária, Anderson Veiga, informou que todos os cincos jornalistas estão envolvidos em coação e extorsão de pessoas, principalmente agentes políticos importantes, empresários com contratos no poder público, os quais foram obrigados a pagar quantias vultuosas, entre R$ 100 a 300 mil, para não terem informações divulgadas nos veículos sobre supostas irregularidades em contratos administrativos, corrupção ativa e passiva, entre outras negociatas.
O grupo vinha agindo há vários anos. “O valor é variável, dependendo da capacidade econômica de cada vítima”, disse o delegado.
Os mandados foram expedidos pela Vara Especializada Contra o Crime Organizado, de Cuiabá. A operação contou com apoio da Diretoria de Inteligência e de policiais das unidades da Diretoria de Atividade Especiais (DAE).

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