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Bancada do PMDB ameaça trancar votação

RomoaldoDiário de Cuiabá

A resistência de lideranças do PSDB em aceitar o PMDB em alianças para a eleição de 2016 já começa a refletir negativamente na relação do governador Pedro Taques, principal liderança tucana em Mato Grosso, com a Assembleia Legislativa.
Nas últimas semanas, o presidente do diretório estadual do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, declarou que teria muita dificuldade em conduzir uma aliança com o PMDB. Isso porque o PSDB atualmente está na chefia do Estado e adotado tom crítico à herança deixada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que atualmente está preso no CCC (Centro de Custódia de Cuiabá) pela suspeita de participação em esquemas de corrupção. “O PMDB é o partido que combatemos na eleição passada e deixou uma enorme dívida com a sociedade de Mato Grosso. Não se trata de preconceito, mas sim de uma questão de lógica”, disse leitão.
Porém, o líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado estadual Romoaldo Junior, classificou a declaração de arrogante, ditatorial e antidemocrática e afirma que a bancada do partido pode até obstruir votações de interesse do Executivo se a cúpula tucana não tomar um novo posicionamento. “Quem deve ter autonomia para construir alianças é o candidato. O PSDB não tem autoridade para tomar essa decisão. E nos municípios onde PSDB e PMDB são aliados? Será que o Nilson Leitão vai intervir e destituir diretórios municipais?”, questionou.
Com a decisão do senador Blairo Maggi em trocar o PR pelo PMDB, se comenta a possibilidade de o partido vir a apoiar uma eventual reeleição do prefeito Mauro Mendes (PSB). O PSDB tem interesse direto em indicar o vice-prefeito na chapa. Os nomes cotados são do atual secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto, e o empresário Marcelo Maluf, tio do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Guilherme Maluf. Porém, a aproximação de Mendes com o PMDB afastaria o PSDB diante da resistência vinda até do governador Pedro Taques, que diz ser oposicionista à legenda.
O deputado Romoaldo Junior combate essa postura e pede respeito ao PMDB. “O partido tem 30 prefeitos, centenas de vereadores e milhares de filiados que estão chateados com esse veto descabido. O PMDB não é Silval e já fez muito por Mato Grosso e pelo Brasil”, concluiu.
O parlamentar afirmou que não descarta recorrer ao governador Pedro Taques após o período do Carnaval para cobrar explicações. “A bancada do PMDB tem compromisso com Mato Grosso, independente de qualquer acordo partidário, e está contribuindo com a governabilidade quando poderia perfeitamente fazer uma posição sistemática. Estamos dando contribuição com a aprovação dos projetos enviados pelo Executivo. Não aceitamos ser tratados como leprosos. Se o governador não avaliar essa postura do PSDB, podemos, sim, obstruir as votações”, ressaltou.
A decisão da bancada do PMDB em manter uma relação mais crítica com a gestão estadual pode interferir negativamente nos interesses do Palácio Paiaguás. Atualmente, a bancada do partido é composta por Romoaldo Junior e Silvano Amaral e está prestes a ganhar a adesão de outros três parlamentares que são Wagner Ramos, Emanuel Pinheiro e Janaína Riva, sendo que essa última já confirmou adesão ao PMDB após deixar o PSD. Todos aguardam apenas a abertura da janela partidária.} else {

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