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DROGAS NAS ESCOLAS: O perigo ronda o ambiente escolar

Drogas nas EscolasEmbora as escolas tentem esconder o problema, ele está cada vez mais visível na sociedade

Dionéia Martins

O acesso às drogas nas escolas públicas e particulares é uma realidade que começa cedo para muitos jovens, muitas delas tem o primeiro contato com as drogas antes dos 12 anos de idade. Esta e uma realidade não só das grandes cidades e capitais, o contato dos jovens e “crianças” com as drogas e o álcool acontece cada vez mais em cidades do interior, como é o caso de Alta Floresta.
Mas como fazer para evitar que o tráfico de drogas invada os portões das escolas e circule pelos corredores e pátios. Essa é uma discussão interna das escolas que buscam dá mais segurança para os alunos e evitar que este mal adentre no interior das instituições de ensino.
Com mais de 1.200 alunos a Escola Estadual Rui Barbosa, é hoje a maior do município em número de alunos, atendendo crianças a partir dos 6 anos até adultos. A diretora Joeli Dupim Carvalho é uma das poucas que tem coragem de dizer a realidade que acontece dentro e fora dos portões da escola.
A diretora sabe que esta é uma missão difícil, e abordar o assunto “drogas nas escolas” não é fácil, uma vez que muitas pessoas podem tter uma visão distorcida da escola, mas este e um problema da qual nenhuma instituição de ensino seja ela pública ou privada está livre. A audácia do traficante não tem limites e qualquer um pode ser a vitima.
Para evitar isso e dá mais segurança aos alunos, a Escola Estadual Rui Barbosa, investiu em segurança. Para entrar na escola é necessário passar enfrente a secretaria para que um funcionário abra o portão eletrônico.
Segundo Joeli Dupim conhecer cada aluno é fundamental, está atento aos horários de entrada e saída, faltas entre outros quesitos é de suma importância para identificar um aluno que esteja com qualquer tipo de problema.
Está atendo ao comportamento de cada aluno e ganhar a confiança é essencial para identificar o problema e fazer com que o aluno problemático conte o que está acontecendo. O medo de ser chamado de delator pode fazer com que o aluno não conte o que está acontecendo.
“Eu sempre trabalho com eles dá seguinte maneira convido ele pra conversar dou toda liberdade, sem contar o que está acontecendo para terceiros, como diz eles o tal do ‘cagueta’ para dá liberdade pra eles cotarem, através deles a gente consegue muita coisa resolvendo o nosso problema da escola”, disse Joeli Dupim.
O período matutino os problemas são maiores, e, a dificuldade dos pais em aceitarem que o filho esteja com problemas dificulta ainda mais para a escola. “A droga está muita complicada principalmente no período da manhã, enquanto as vezes a gente está vendo, chama os pais e os pais não aceitam, e ai fica muito difícil pra nós”, comenta a diretora.
O primeiro passo após identificar o problema é chamar os pais para conversar, segundo Joeli muitos pais tem dificuldade em aceitar que o filho esteja envolvido com drogas, o Conselho Tutelar e a Polícia Militar também são acionados para auxiliar no problema, o FICAI também recebe a comunicação do aluno indisciplinado.
No mês de novembro de 2015 duas escolas estaduais, uma localizada no centro da cidade e a outro no Bairro Jardim Araras, tiveram alunos menores de idade apreendidos com drogas dentro da escolas, mas este não são os únicos casas registrados nas escolas.
A Escola Estadual Jaime Verissimo de Campos Junior – JVC -, também tem problemas. O ex-diretor Evaldo Mateus da Silva, que na data desta entrevista em dezembro ainda respondia pela instituição disse que a instituição teve vários problemas com alunos, mas desde que começou o projeto “Unidos Contra as Drogas” não tem mais registrado nenhum problema.
A escola JVC tem aproximadamente 900 alunos, com a faixa etária de 12 a 18 anos. A escola também adotou medidas de segurança, os portões ficam sempre fechados, um sistema de videomonitoramento foi instalado, hoje são 16 câmeras de segurança gravando tudo em tempo real.
Segundo Evaldo depois da instalação do sistema de segurança os roubos e furtos de bicicletas e principalmente de celulares diminuiram muito, esse tipo de ocorrência quase não é mais registrado dentro da escola.
A Escola Estadual Furlani da Riva também já teve vários problemas relacionado a drogas com os seus alunos, mas o trabalho realizado em conjunto com o Conselho Tutelar, Polícia Militar e Ficai diminuíram as ocorrências. Segundo o diretor Altair Aparecido da Silva hoje este tipo de problema quase não existe.
O professor aproveitou a nossa reportagem para chamar atenção dos pais para que conheça mais a comunidade escola. “Chamo os pais que se façam mais presentes dentro das unidades escolares conheça o trabalho do diretor, conheça quem é o professor do seu filho, venha conhecer a vida que o seu filho tem dentro dos muros da escola”, conclamou o diretor.
Esta é uma reclamação de todas as escolas, segundo os diretores entrevistados para esta reportagem, os alunos mais problemáticos são aqueles em que os pais não se fazem muito presente na escola, muitas vezes nem mesmo participa das reuniões.
A Escola Estadual Ludovico da Riva atende aproximadamente 650 alunos na faixa etária de 6 a 20 anos. Segundo a diretora Lilian Nogueira de Oliveira nessa unidade escolar nunca foi presenciado nenhum tipo de problemas relacionado com as drogas, no entanto, o Tenente Paulo Melo disse que a exemplo das demais, a Ludovico também apresenta sérios problemas.
O projeto “Unidos Contra as Drogas”, é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde através do Programa de Saúde na Escola e tem como coordenador o funcionário público Claudiomiro Vieira que trabalha com palestra e auxilio para tratamento. Esse projeto visa três pilares, é a prevenção, a assistência terapêutica e a assistência social.

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