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O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso continua recebendo a doação de água potável para os moradores de Governador Valadares, atingidos pela tragédia causada pelo rompimento de duas barragens, no município de Mariana (MG), no último dia 5 de novembro.
As doações da campanha “Valadares Precisa da sua Ajuda”, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, começaram a ser recebidas no último dia 17 de novembro. Segundo informações repassadas pela 7ª Companhia já foram enviados de Alta Floresta 200 litros de água mineral, que devem ser distribuídos aos moradores atingidos pela tragédia. Aos moradores de Alta Floresta e região que queiram ajudar, a 7ª companhia de Corpo de Bombeiros como todas as companhias do estado do Mato Grosso, arrecadará por tempo indeterminado água mineral lacrada para enviar para as vítimas dos desastres, a população deve levar a água no período de expediente das 8h00min as 18h00min, na sede do corpo de bombeiros localizado na Perimetral Rogério Silva, em Alta Floresta.
Conforme informações repassadas pelo 1º tenente Reis, a realização da campanha foi de iniciativa do Comando-Geral do corpo de Bombeiro do Mato Grosso, e tem como intuito atender a solicitação da prefeitura de Governador Valadares e do governo de Minas de Gerais. A água recebida, segundo o Corpo de Bombeiros, será levada de todos os quartéis até a capital Cuiabá, posteriormente será enviada aos municípios atingidos pela tragédia.
A barragem que se rompeu em Mariana (MG) no dia 5, provocando um desastre ambiental histórico que já chegou até ao litoral capixaba, também tinha lama da Vale, maior mineradora do Brasil. Uma das acionistas (ao lado da angloaustraliana BHP Billiton) da Samarco, responsável pela barragem, a Vale utilizava a área para despejar rejeitos de minério de ferro de suas atividades na região. O desastre deixou 11 mortos e 15 desaparecidos entre trabalhadores da Samarco e moradores da região, várias pessoas ficaram desabrigadas e sofrem com a poluição da água do rio Doce principal fonte de abastecimento. As barragens Fundão e Santarém da Samarco, se romperam, despejando 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério e água. O distrito de Bento Rodrigues foi destruído e centenas de pessoas ficaram desabrigadas.
A lama alcançou outros distritos de Mariana, como Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além da cidade de Barra Longa. Os rejeitos no Rio Doce afetaram dezenas de cidades na Região Leste de Minas Gerais, no Espírito Santo e até atingir o litoral capixaba desaguando no mar.
