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Com número de funcionários reduzidos, Politec pode fechar polo de criminalística

140111                A notícia caiu como uma bomba. Durante a reunião do GGI, que O Diário acompanhou com exclusividade na manhã desta quinta-feira, 01, o Gerente Regional da Politec, Paulo Josino Amaral, afirmou que já existe uma cogitação de fechamento o polo de criminalística da Politec de Alta Floresta, implantado em 2011. O motivo seria a falta de funcionários do órgão, que atualmente trabalham apenas com dois peritos, quando o ideal seriam seis. “Todos os servidores extrapolam a carga horária pra não deixar a sociedade desamparada”, reclamou Amaral durante a reunião. Para nossa reportagem o gerente da Politec confirmou o risco, afirmando que a falta de funcionários está inviabilizando uma série de atividades do órgão. “Por falta de efetivo, de peritos, existe uma cogitação informal de fechar-se o polo de criminalística de Alta Floresta, o que também é inaceitável, depois de cinco anos aberta”, alertou o servidor.

A preocupação demonstrada pelo Chefe Regional foi apresentada na reunião do Gabinete de Gestão Integrada, que envolve sociedade civil organizada e órgãos ligados à Segurança Pública. Paulo Josino do Amaral revelou também a possibilidade de haver uma greve estadual dos servidores que deixaria a população desatendida em uma série de serviços. “Informações que chegam de que se não houver um posicionamento do governo da data da realização do concurso e publicar o edital, vai haver greve dos técnicos de necrópsia e dos papiloscopoistas”. Uma greve significará a paralisação da confecção de identidades, identificação criminal, identificação cadavérica e necropsia.

O problema é que, no estado todo, há reclamação do excesso de trabalho e numero reduzido de servidores na Polícia Técnica. Há um concurso público, há cargos no cadastro de reserva, no entanto o governo não demonstra interesse em tratar o assunto com a importância que o caso requer. “No caso de perito criminal nós temos um concurso realizado, com vagas abertas, com cadastro de reserva válido e não tem havido política pública neste sentido”, disse, reportando-se a um “compromisso do governo” em realizar concurso público para abrir vagas para papiloscopista e técnico de necropsia, “o entendimento recente da Secretaria de Segurança Pública é que dificilmente o edital deste concurso sairia este ano”, afirmou.

A expectativa do chefe da Politec é que, a partir da informação ao GGI, sobre o risco eminente de greve e até de fechamento do órgão, e a consequente atuação da sociedade na defesa do órgão, o assunto seja tratado com a relevância necessária por parte dos órgãos do governo. “Nós esperamos contar com o respaldo do GGI, as instituições que integram o GGI para fazer os apontamentos e as cobranças políticas, porque isso é de vital importância para conseguir evitar que a população que é quem mais paga caso a situação piore”.

O presidente do GGI, Tenente Coronel Judson Ferreira Farias disse que O GGI estará dando especial atenção para a resolução do problema da Politec, cobrando as autoridades no sentido de dar uma resposta quanto a falta de pessoal na Regional de Alta Floresta. “Uma destas metas que foi estabelecida hoje foi a questão da Politec, da questão de perca de efetivo e disponibilização de maior indicador humano para estar trabalhando na Politec”, disse o subcomandante do 9º Comando Regional da Polícia Militar. Judson sugeriu ao chefe da Politec que emita um oficio com as reclamações que foram apontadas na reunião para levar um encontro ampliado que acontecerá no dia 23 de maio em Cuiabá.

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