Com fortes discursos de repúdio contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização no país e contra a atuação do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – um dos protagonistas da crise política que abala as relações da presidência com o Congresso Nacional –, movimentos sociais e sindicais foram às ruas, na manhã desta quinta-feira (20), em Curitiba para apoiar o governo de Dilma Rousseff (PT).
A mobilização, que percorreu ruas da região central da capital paranaense, levantou ainda bandeiras de protesto contra outros pontos, entre eles a defesa da Petrobras e da democracia. No Paraná, especificamente, os participantes do ato acusaram o risco de demissões que podem ser realizadas pelo banco HSBC, que foi comprado pelo Bradesco em junho e, com isso, colocou em xeque milhares de empregados.
A concentração da mobilização desta quinta-feira – uma resposta ao protesto contra a presidente no último domingo (16), que reuniu por todo o país 879 mil pessoas – ocorreu na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná. Segundo os organizadores, o ato uniu cinco mil pessoas. Já a Polícia Militar (PM) contabilizou público máximo de 600 pessoas.
Segundo a PM, não houve registro de violência na caminhada, que deixou a praça em direção à Boca Maldita por volta das 12h10. Os gritos, de “fora Cunha” foram seguidos de outros como “não vai ter golpe” em referência a um possível processo de impeachment de Dilma.
Outro cântico, mais peculiar, foi o “aqui tem um bando de louco, louco por moradia. Aqueles que acham que é pouco, não conhecem a noite fria”, este mais relacionado aos movimentos da área, como o Movimento Popular por Moradia (MPM), que participa do protesto.
A maioria dos participantes do ato vestia roupas na cor vermelha e carregava bandeiras da CUT e de outros dez movimentos que participam do ato nacional desta quinta-feira. Em Curitiba, estiveram também presentes, entre outros, os sindicatos dos professores (APP Sindicato), dos Correios e dos Bancários.