Nem mesmo o anuncio feito pelo Governo Federal de flexibilizar a tabela de frete sensibilizou os caminhoneiros que utilizam as estradas federais em Mato Grosso. Os bloqueios, em vários pontos das duas principais rodovias – BRs 163 e 364 vão continuar nesta sexta-feira. Os caminhoneiros dizem que flexibilização não dá e que a meta é ter a garantia de um preço mínimo para o frete.
“A decisão do governo aponta apenas para o reinício das discussões com caminhoneiros e não sinaliza o fim dos bloqueios, que em Mato Grosso, ocorrem nas BRs 163 e 364”. A afirmação foi feita por um dos líderes dos caminhoneiros em contato telefônico com o portal de notícias 24 Horas News. Ele ressaltou que o fim dos bloqueios só vai acontecer com o governo federal anunciando o preço mínimo do frete.
A Polícia Rodoviária Federal informou, que um novo ponto está sendo realizado na BR-163, no km 1058, em Guarantã do Norte. Nesta mesma rodovia, os manifestantes estão concentrados em Lucas do Rio Verde, desde o início desta madrugada; em Nova Mutum e em Sorriso, na saída para Cuiabá. Já na BR-364, são dois bloqueios em Rondonópolis e outros dois na região de Diamantino. Os motoristas de Sinop devem aderir. Pela manhã, havia sido informado que haviam aderido mas ainda não houve bloqueio.
Em alguns trechos foram colocados cones e pneus na rodovia. Motoristas ficam fazendo controle e liberando a passagem de carros, caminhonetes, ônibus e motos. O protesto é por tempo indeterminado e há previsão de mais adesões de caminhoneiros em Tangará da Serra, Guarantã do Norte, Matupá, Alta Floresta e Tapurah, segundo a coordenação do manifesto.
Segundo outro caminhoneiro, que participa do bloqueio em Cuiabá, o preço mínimo do frete considera os gastos com o caminhão no transporte como pneus, taxas e combustível. Um dos exemplos apresentados é de um trecho de 600 quilômetros, que corresponde aproximadamente o trajeto de Lucas do Rio Verde a Rondonópolis, em que o preço da tonelada seria de R$ 103,83. Hoje, conforme a representatividade do setor no Estado, o valor é de R$ 90, na safra.
Fonte: 24 Horas News