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O vereador Bernardo Patrício (PSD) poderá responder à Justiça Eleitoral por compra de votos na última eleição municipal. É que nas eleições de 2012, o vereador que tem como mote eleitoral beneficiar os mais humildes com a cessão de terrenos ou casas populares está sendo denunciado à Justiça Eleitoral por distribuir terrenos ou mesmo casas populares em troca de votos de pessoas ou famílias mais simples, em diferentes bairros de Alta Floresta, notadamente no Residencial Alvorada e nos bairros Jardim Imperial e Cidade Bela.
Segundo denúncia, já protocolada junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o vereador Bernardo prometia a casa ou terreno e passava aos seus propensos eleitores uma sena com os dizeres: Entrega de Lote Coordenadoria de Habitação e Interesse Social, o nome da pessoa supostamente beneficiada, a quadra, o número do lote e o setor nos bairros já citados (vide fac-simile).
A dona de casa Gislaine de Paula Freire e o seu esposo Wanderlei, que quase foram engabelados pelo vereador, contam que o vereador visitou-os em sua moradia, acompanhado por um seu assessor que trabalha na secretaria de Cidades e propôs a doação de um terreno no Residencial Alvorada e, na oportunidade, pediu os votos de toda a família. “Ele nos entregou o papelzinho (senha), garantindo que receberíamos um terreno naquele residencial. Em troca pediu o meu voto, o da minha esposa e até mesmo o voto da irmã de minha esposa”, narra Wanderlei Celes Nidal.
A saga do vereador Bernardo Patrício em promover o social, aos olhos dos mais leigos chega a ser comovente em razão da falta de moradias populares na cidade de Alta Floresta como em outras cidades do País, mas aos olhos da Justiça Eleitoral não passa de uma grande enganação e é crime eleitoral praticado por lima pessoa que usa a desgraça alheia para se promover. “Depois que ele nos entregou a senha, nunca mais ele (vereador) apareceu aqui. Muitos de nossa família votou nele, devido a sua lábia. Eu e minha esposa nunca votaríamos numa pessoa como essa”, resignou-se Wanderlei.
