Escrivães da Polícia Civil de Mato Grosso entraram em greve nesta sexta-feira (6), o que tem comprometido os trabalhos da instituição. A categoria cobra do governo reajuste salarial que havia sido firmado em acordo por meio de uma lei complementar, no ano passado. No acordo, ficou definido que escrivães e investigadores receberiam um aumento de 5% no salário no mês de janeiro e mais 10% em outubro deste ano.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou, por meio de nota, que mantém diálogo com os representantes e está em diálogo com a Secretaria de Estado de Administração para discutir o que pode ser feito.
Atualmente, o estado conta com 600 escrivães em atividade. Mais 150 foram chamados no último concurso público e estão sendo treinados. Do efetivo, apenas 30% foi mantido trabalhando.
Durante a greve, só serão atendidas ocorrências que configurem flagrante, como explicou o escrivão Valtencir Siqueira. “Flagrante é toda aquela forma de prisão consistida no ato do cometimento do crime”, afirmou.
Conforme a presidente do sindicato dos escrivães, Genima Evangelista, antes de decidirem entrar em greve, a entidade tenou negociar com o governo, mas não obteve sucesso. “Fizemos a proposta que se o problema é financeiro, então que o estado começasse a nos pagar a partir de abril, quando já tivesse um fôlego financeiro, mas infelizmente nem essa proposta o governo aceitou”, explicou.
O sindicato também acionou a Justiça para que essa lei seja cumprida, de acordo com a sindicalista. “Impetramos um mandado de segurança para que a Justiça se posicione em relação a essa situação, em vista que a lei está em vigor e não foi cumprida. Só que como nós sabemos que a Justiça tem um processo demorado, a categoria optou também pela paralisação”, disse.