Esta semana, a Câmara votou e aprovou o aumento da verba indenizatória que na prática significa um aporte no recurso mensal dos vereadores de até R$ 5.500,00. Deu o que falar, como deu em todas as oportunidades em que a verba indenizatória entrou em pauta na Câmara de Vereadores.
Neste quesito do “dar o que falar”, começou durante a sessão. A vereadora Elisa, erigiu-se contra o aumento e afirmou até que era um “desrespeito” com a população, os vereadores aprovarem o aumento. Elisa abriu mão do aumento, como aliás, fez no ano passado, no entanto, não abre mão de receber a verba indenizatória, já que ela recebe os R$ 3.500,00 “herdados” de outras administrações da Câmara de Vereadores. A oposição aproveitou o tema para ir às democráticas redes sociais para expor o problema e a polemica teria ficado “naquele tamanho”, caso uma pessoa em especial não tivesse se pronunciado, Francisco Militão.
Bastou um “compartilhamento” de uma crítica ao aumento da verba, para que fosse lembrado à Militão, que ele não é tão “inocentinho” assim, quanto ao assunto verba indenizatória. Foi Militão o principal autor da Lei que criou a verba em 2007. Elisa Gomes, que hoje brada impropérios contra quem defende a verba, foi sua parceira na criação da verba indenizatória.
Durante o tempo em que averba existe, já foram feitos cinco aumentos e Militão foi responsáveis pelos aumentos mais devastadores da verba indenizatória. Pra se ter uma ideia, em 2010, num período de dois meses, e por iniciativa de Francisco Militão, a verba subiu de R$ 1.500,00 para 2.500,00, ou seja, quase 70%.
Mas no melhor estilo “foi sem querer querendo”, Militao vem a publico pelas redes sociais para criticar a verba e expor ainda mais a Câmara Municipal, no entanto, ele já propôs (inclusive como primeiro secretário, logo ordenador de despesas) outros três aumentos. Viu um carimbo de “moralista” estampado na testa, estampa esta feita pelo vereador Tuti.
Eu, particularmente, não sou favorável á verba indenizatória da forma como está, ou pelo menos, como se tem notícia. Vereador vem e simplesmente pega o dinheiro e a prestação de contas é meio “desnecessária”. Seria bom que os vereadores fizessem as suas despesas, pegassem notas fiscais e em seguida tivessem acesso ao dinheiro, já que ele existe para ajudar nas despesas.
A verba indenizatória existe para ajudar nas despesas da vereança. O município é grande e o dinheiro do salário de um vereador, convenhamos, não é tão alto assim, imaginando que um vereador anda de um lado para outro e as distancias a serem percorridas são muito grandes. É justo um aporte de recursos. Mas assim, a bel prazer, sem uma prestação de contas mais séria, aí é complicado.
Outra coisa, caso houvesse uma prestação de contas, aí teríamos a certeza de que os vereadores estão realmente “indo e vindo” no apoio ao eleitorado. Do jeito que tá hoje, por exemplo, tem vereador que tem emprego durante o dia, em que horário estaria visitando eleitores? Ou seja, a verba indenizatória passaria a ser interessante neste aspecto.
E só pra encerrar o assunto. O aumento da verba, na terça-feira passada, foi aprovado com os votos contrários de Elisa e Rogerio Colicchio. Elisa já disse que não quer o aumento, mas também não abre mão do que já recebia. Rogerio Colicchio foi além, não assinou a Lei (foi chamado á assinar), votou contra, mas não abre mão de jeito nenhum de receber seus R$ 5.500,00. Daqui uns três ou quatro anos, quando outro “moralista” jogar no facebook (ou coisa parecida) o nomde de Rogerio não poderá ser citado, pois ele não é autor, entendeu?