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Tiro e Queda

Hoje seria votado na Câmara, o projeto do executivo municipal que prevê a criação de um Refis, para os contribuintes inadimplentes com a prefeitura de Alta Floresta. Na prática, com o Refis, é possível “matar dois coelhos com uma cajadada só”, como se diz no popular. De um lado, o executivo arrecada (pretende isso ao menos) cerca de 3 a 5 milhões de reais para ajudar na saúde financeira do município e em contrapartida, contribuintes que tiveram seus débitos levados à Justiça, serão “perdoados” no que diz respeito a juros e multas.

No entanto, ontem, fomos até a Casa de Leis para sabermos se a matéria havia entrado na ordem do dia e qual a nossa surpresa? Não, não está na ordem, isto porque, a matéria teria parado em uma das comissões, que é presidida pela vereador Elisa Gomes Machado. Nós tentamos contato com Elisa para sabermos sobre os motivos da matéria ter parado na sua comissão, se é que isso aconteceu mesmo, mas ela estava em reunião com servidores da Casa.

Na semana passada, a prefeitura veio a público no sentido de mostrar à população a necessidade deste Refis. O secretário de Finanças Nilton Machado disse que a prefeitura precisa destes recursos para conseguir organizar as finanças no final de ano. São cerca de 27 milhões de reais em valores unitários de no máximo 5 mil reais. Na prática a ação da prefeitura, se a Câmara deixar (ou melhor se a oposição deixar) vai beneficiar não apenas ao poder público, como também ao cidadão que deve dinheiro porque não deu conta de pagar em função do acréscimo de juros e multas. Considerando que são valores de no máximo 5 mil reais, é fácil de entender que a classe que mais precisa de apoio do poder público será beneficiada, se a oposição deixar, claro.

Não votar matéria de interesse tão grande a população, ao meu ver, é uma traição para com o próprio eleitor. Não se trata aqui de ajudar o prefeito, ou de ferrar ele, o que está em jogo aqui é “ajudar o cidadão de Alta Floresta”.

Eu não gosto muito de comparações, mas sempre me recorro a elas quando se trata de mostrar porque vizinhos nossos obtêm muito mais sucesso em suas empreitadas, como é o caso de Sinop, por exemplo. Lá, eles se unem pelo bem do povo. Os grupos políticos ficam em “segundo plano”, quando o povo será beneficiado, como foi no caso do deputado federal Roberto Dorner, que abriu mão de ser candidato para que os sinopenses concentrassem votos num único candidato. Leitão foi eleito deputado federal porque os políticos de lá pensaram no povo deles.

Aqui, a candidata a “deputada municipal” Maria Izaura, disputou votos com Ademir Brunetto e Romoaldo Junior. O “gordo”, que já previa ser uma espécie de campeão de votos no estado, conseguiu chegar à AL tirando quase 9 mil votos em Alta Floresta (42 mil em MT). MIDA e Brunetto morreram na praia, abraçados, por pura ganância de ambos, já que fizeram parte do mesmo palanque histórico e poderiam ter se ajudado mutuamente, saindo um, ou outro, não ambos. Deu no que deu. Pensaram em seus umbigos e esqueceram-se do povo de Alta Floresta, por isso perdemos uma cadeira no legislativo estadual.

 Agora, na Câmara de vereadores, surge a síndrome da “eleição municipal antecipada”. Ou os vereadores páram de pensar assim, ou continuaremos com os mesmos problemas sempre… Esse lance de oposição, só por oposição, é ridículo… é golpe baixo…

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