A partir de hoje os alunos da rede estadual e municipal de ensino de Alta Floresta serão proibidos de utilizar celulares em sala de aula. A decisão é da assessoria pedagógica e atende uma nota orientativa do Ministério Público Estadual que deu um prazo de 30 dias para que a assessoria tome providências quanto ao uso abusivo que vem acontecendo nas escolas de Alta Floresta, pelos próprios alunos.
Por meio da nota orientativa, a promotora de justiça Dra Elide Manzine de Campos disse que tomou conhecimento de “uso indevido de aparelhos eletrônicos pelos alunos da rede estadual de ensino”, o que gera prejuízos tanto para a qualidade de ensino na sala de aula como para o próprio processo de ensino aprendizado do aluno que utiliza os aparelhos.
Pela nota, Manzine afirma que as escolas deverão promover a informação aos alunos, com a explicação de que, “é terminantemente vedada a utilização de tais aparelhos durante as aulas, os quais deverão permanecer desligados”, afirmando que “somente será permitida a utilização desses aparelhos no intervalo e recreio, haja vista que neste período não há prejuízo para o ensino”, afirma.
Ainda assim, no período onde é permitida a utilização dos aparelhos, caso seja constatado abuso por parte do aluno, pelas autoridades escolares, “que a tecnologia esteja propiciando situações perniciosas para ao aluno”, poderá ser determinado o desligamento imediato do aparelho.
As medidas previstas pela promotora inclui até mesmo a possibilidade de apreensão dos aparelhos celulares, caso o aluno relute em desligar o equipamento, desde que o responsável pelo aluno seja chamado à escola para tomar ciência do problema e a entrega do aparelho deve ser feita a este responsável, podendo até mesmo o Conselho Tutelar e o Ministério Público ser acionados.
Segundo o assessor pedagógico Carlos Alberto Cardoso, a notificação às escolas foi entregue ontem e o prazo ajustado para que todas as escolas estejam “de acordo” com as novas determinações será de 10 dias. Carlos Alberto disse que tem recebido informações de professores de que os aparelhos têm sido utilizados para filmar brigas na saída das aulas, para rixas entre alunos que estejam em desavença, dentre outras utilizações que não trazem nenhum bem ao aprendizado do aluno. “Nós temos que combater o mau uso e essa recomendação do MPE é importante para nos dar força”, disse o assessor pedagógico.