O ex-secretário de Infraestrutura do Governo Blairo Maggi, Vilceu Machetti, foi assassinado nesta segunda-feira, 7, às 20 horas, em sua fazenda – Mar Azul, a 70 quilômetros de Mimoso, em Santo Antônio do Leverger e próximo a Barão de Melgaço, na região Sul de Mato Grosso. Ele levou dois tiros na cabeça. A Polícia ainda não sabe a motivação do assassinato. O secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, confirmou a morte do ex-secretário. Ele foi comunicado do crime por um dos filhos do ex-secretário. Marchetti respondia a processo por improbidade administrativa no que ficou conhecido como “Escândalo do Maquinário”.
“Ainda não temos muitas informações a não ser que ele levou dois tiros na cabeça. Mandamos várias equipes de Cuiabá e também as policias militar e civil de Santo Antônio do Leverger para iniciar as investigações. O que sabemos ainda que é o assassinato aconteceu às 20 horas e que dois homens teriam entrado na fazenda para matá-lo” – disse um assessor da secretária, que não descarta um crime de mando.
Além de secretário de Infraestrutura, Vilceu Machetti foi também prefeito de Primavera do Leste e também presidente da Associação Matogrossense dos Municípios (AMM).
Em abril, ele conseguiu ser absolvido na Vara Especializada de Ação Civil Pública e Popular da acusão de prática de improbidade administrativa. Vilceu Machetti era acusado de ter mantido contrato de concessão de serviço público com a empresa Tut Transporte entre 2006 e 2010, mesmo após a concessionária ter sido condenada e proibida de contratar com o Poder Público e receber qualquer tipo de incentivo.
Conforme a denúncia do Ministério Público, os ex-secretários de Infraestrutura e Márcia Vandoni foram notificados da proibição em manter a concessão dos serviços com a empresa TUT, no ano de 2006. A recomendação do MPE era para que fosse retomada as linha de ônibus decorrentes da concessão pública.
Já questão do “Escândalo dos Maquinários”, ele acabou sendo condenado pelo ex-juiz Sebastião Julier da Silva. Na ação, ele e o ex-secretário de de Administração, Geraldo De Vito, foram condenados. O caso investigava o superfaturamento na aquisição de 705 máquinas em 2009, durante gestão do então governador e atual senador Blairo Maggi (PR).
Na ação, as empresas Rodobens Caminhões Cuiabá S/A, Banco do Brasil S/A, Cotril Máquinas e Equipamentos Ltda, Tork-Sul Comércio de Peças e Máquinas Ltda; Dymak Maquinas Rodoviárias Ltda, Dymak Maquinas Rodoviárias Ltda, Tecnoeste Máquinas e Equipamentos Ltda, Diesel Caminhões e ônibus Ltda, Iveco Latin America Ltda e ; Auto Sueco Brasil Concessionária de Veículos Ltda e Extra Caminhões Ltda também foram réus. Com exceção da última, todas devem pagar multa de R$ 20 mil cada. As empresas também não poderão participar de licitações públicas.