O PSD vai mesmo até as ultimas consequências para garantir o direito de ter sua candidatura majoritária no ‘grupo dos nove’ – partidos que integram a base aliada do Governo Silval Barbosa. Quem garante é o deputado José Riva, principal liderança da sigla. Ele considera que o partido conquistou na ultima eleição uma forte musculatura e capilaridade em todas as regiões do Estado, ou seja, se tornou um partido grande e forte, elegendo a maioria dos prefeitos e vereadores. E o nome da disputa é Chico Daltro, atual vice governador do Estado.
“O PSD vai brigar para estar na majoritária, tem tamanho para isso, é o maior partido do estado, tem mais prefeitos, vereadores, militância na base, deputados estaduais e federais, participação política importante e não vai ficar de fora. Temos o nome do vice-governador, que é pré-candidato do grupo, e que teve atuação destacada à frente da Secretaria de Cidades (Secid)”, disse.
Apesar do senador Blairo Maggi (PR) anunciar de que não pretende ser candidato ao Governo do Estado, Riva opina que o republicano deveria disputar o Palácio Paiaguás novamente. “O Blairo deve esse mandato a Mato Grosso, acho que deve essa eleição a Mato Grosso, deveria ser candidato para o bem desse estado. Se iria ganhar eu não sei, mas teria toda a possibilidade de ganhar”, avaliou.
Em verdade, Riva teme pela possibilidade da aliança governista acaba ‘rachada’ no debate eleitoral. Nos bastidores, todos os pré-candidatos lançados dizem que só abrem mão de disputar o pleito se o candidato for Blairo Maggi, que se recusa terminantemente a discutir o assunto. Além de Daltro, são pré-candidatos dentro da aliança o ex-juiz Julier Sebastião da Silva, pelo PMDB, e Lúdio Cabral, ex-vereador de Cuiabá e que disputou a eleição a prefeito da Capital pelo PT.
No público, Riva analisa que mesmo se Blairo Maggi estiver fora da disputa, o grupo da situação tem condições de eleger o próximo governador. “Acho esse grupo muito forte, se não houver desentendimentos, esse grupo de partidos que apoiam o governador Silval, com certeza tem todas as chances de ganhar a eleição”, avaliou.
Na quarta-feira, 30, com uma convicção duvidosa, Maggi garantiu que não é candidato ao Governo. “A pressão que existe hoje é natural. É legítima. Meu nome é bastante forte para disputar e ganhar as eleições com vantagem forte. Mas nem isso me fez mudar meu pensamento em de fato não disputar a eleição” – disse, indicando o nome do deputado federal Wellington Fagundes para ser o candidato ao Senado como forma de manter o PR dentro da aliança. Fagundes tem negociado com o PDT de Pedro Taques.
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