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O advogado e coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) em Mato Grosso, Vilson Nery, esclareceu no programa Isso É Justiça e Cidadania, na Webradio do Isso É Notícia, na manhã de quinta-feira (10), os principais aspectos e objetivos previstos no Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Reforma Política, criado pelo movimento e que já conta com 300 mil assinaturas das 1,5 milhão necessárias para a apresentação da proposta no Congresso Nacional.
“Os dirigentes nacionais dos “partidos de coronéis” criam comissões provisórias estaduais e municipais para que apenas eles próprios tenham poder de mando e desmando sobre as candidaturas” afirma Nery.
Para o advogado, a população vem lutando cada vez mais pelos seus direitos e por uma reforma eleitoral, “É interessante a forma como a comunicação é imediata e entendo que as pessoas continuam apanhando cada vez menos pacificamente, de forma organizada, a atividade de ir para rua, já é prova de que as pessoas não estão levando pancadas tão pacificamente”.
Durante a entrevista, ele ainda expôs os avanços que o país vem vivendo, “Estamos vivendo um momento com avanços na área de distribuição de renda e estamos vendo uma melhoria das pessoas, mas o preço do que está acontecendo hoje é manter a elite como já esteve, como as empresas que sempre financiaram o governo”.
O advogado Vilson Nery explicou que com a proposta de reforma política, somente diretórios devidamente constituídos poderão, pelo voto direto e secreto dos filiados, autorizar a formação de coligações e da lista partidária para eleições proporcionais.
“Essa proposta também proíbe o financiamento privado de campanhas, estabelece que o mandato é do partido político e não do candidato, proíbe a expedição de certidão de quitação eleitoral para o candidato com contas não-prestadas ou reprovadas”.
“Do jeito que está cada vez vai ficar pior e esse debate para as eleições limpas, onde nós temos a proposta de lei de reforma politica, tem toda uma regra para que uma proposta seja discutida, e existem também algumas leis eleitorais que demandam de leis complementares, onde apoia a lei da ficha limpa, e é uma realidade hoje apesar dos ataques para modificação.”
Assim como ocorreu com a Lei da Ficha Limpa, Vilson Nery aposta em tentar massificar a proposta da reforma política no intuito de conseguir apoio da população e da sociedade civil organizada.
“De acordo com a nossa proposta, e já estamos coletando assinaturas, o cidadão vai votar em um candidato, o eleitor terá a possibilidade de votar nessa lista e alterar essa lista”, garante o advogado.
