Após dois dias de silêncio, o Palácio do Planalto se pronunciou oficialmente neste domingo, 19, sobre o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que anunciou na última sexta-feira, 17, mudanças nos serviços de inteligência americanos, inclusive com a promessa de que não vai mais monitorar comunicações de chefes de Estado e governos aliados. Segundo o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, o governo brasileiro analisou “detidamente” o anúncio de Obama sobre mudanças nos serviços de vigilância virtual. A sinalização da Casa Branca serviu como resposta às revelações do ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden de que os Estados Unidos monitoraram uma série de dirigentes estrangeiros, entre eles a presidente Dilma Rousseff e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. A Petrobrás e o Ministério de Minas e Energia também teriam sido dos alvos da espionagem norte-americana. Ainda de acordo com Thomas Traumann, o discurso de Obama “é um primeiro passo” e o governo brasileiro “irá acompanhar com extrema atenção os desdobramentos práticos do discurso”.
por Rafael Moraes Moura / Agência Estado