A polícia já começou a levantar pistas sobre o roubo do celular e a divulgação de fotos íntimas, que estavam nele, da estudante Carolina Portaluppi. Segundo o advogado da filha do técnico e ex-jogador Renato Gaúcho, Ricardo Brajterman, a polícia teve acesso às câmeras de segurança do local onde o aparelho foi roubado e já tem um suspeito do crime.
“Nesse caso, temos dois crimes: o roubo do aparelho e a divulgação das fotos íntimas, sem o consentimento da Carolina. No primeiro caso, a polícia já está agindo e já tem um suspeito, que possivelmente foi quem divulgou as imagens. Para a divulgação das imagens, notificamos todos os veículos que o fizeram, inclusive com tarja, para que parem de fazê-lo. Caso insistam, eles viram réus em uma ação por danos morais, uma vez que estão fazendo publicidade ilegal de um material que revela a intimidade de uma jovem, que constrange e humilha”, explicou Brajterman, confirmando ainda que as imagens são mesmo de Carolina.
“São fotos íntimas, tiradas em um ambiente familiar, dentro de casa, de uma jovem que havia acabado de fazer uma cirurgia (próteses de silicone nos seios), e infelizmente o aparelho foi furtado”, disse.
Caso poderá ter uso da Lei Carolina Dieckmann
Caso se confirme que a pessoa que roubou o aparelho de Carolina Portaluppi seja também quem divulgou as imagens que estavam nele, ele diz que a mesma terá que responder por crimes na esfera cível, cujo valor da pena ou indenização é fixado por um juiz levando em conta a intensidade do dano e o caráter pedagógico; e criminal, cuja denúncia e pena são pedidos pelo Ministério Público.
Perguntado sobre o estado emocional de Carolina com o vazamento das imagens, o advogado preferiu não falar a respeito. Disse apenas que sua cliente está muito chateada.
Filha do ex-jogador Renato Gaúcho, a estudante teve fotos nuas divulgadas na internet na segunda-feira, 9. As imagens foram obtidas através de um celular que foi roubado. Além das penas envolvendo o caso, o Ministério Público poderá decidir se cabe o uso da Lei Carolina Dieckmann, uma vez que não houve a obtenção ilegal de imagens ou informações via intenet, mas existe a perturbação do serviço telefônico. A pena prevista na lei que leva o nome da atriz – que teve seu computador invadido – é de detenção, de um a três anos, e multa.