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Odebrecht arremata trecho da BR-163 em Mato Grosso

163A Odebrecht Transport, ligada ao Grupo Odebrecht, venceu o leilão de concessão da BR 163 no trecho que vai da divisa de Mato Grosso com Mato Grosso do Sul até o município de Sinop (MT). A bertura das propostas feoi feita nesta quarta-feira (27/11), na BM&FBovespa, em São Paulo.
A proposta da empresa foi de uma tarifa de R$ 0,02638 por quilômetro, um deságio de 52,03% em relação ao valor previsto no editar da concessão, que era de R$ 0,05500. O trecho concedido tem 850,9 quilômetros.

“Alcançamos todos os resultados desejados”, avaliou o ministro dos Transportes, Cesar Borges, em entrevista coletiva logo após a batida do martelo.

O diretor de Rodovias da Odebrecht Transport, Renato Mello, disse que o valor oferecido foi baseado em estudos relacionados à logística e à produção de grãos do Brasil. “Era uma das nossas grandes apostas. Mato Grosso tem um potencial de crescer mais que o PIB do Brasil. O investimento vai trazer benefício ao agronegócio, melhorar o escoamento da produção”, garantiu o executivo.

O vencedor terá o direito de explorar o trecho pelos próximos 30 anos. A expectativa do Ministério dos Transportes é de que a concessão gere investimentos de R$ 4,6 bilhões no período. A concessão inclui a instalação de nove praças de pedágio entre os municípios de Itiquira e Sorriso. “A cobrança de pedágio deve começar a partir do 18º mês, mas vamos trabalhar para antecipar esse calendário”, disse o diretor de Rodovias da Odebrecht, Renato Mello.

Ele ressaltou que também foram considerados nos estudos da empresa eventuais efeitos de outros modais de transportes, como o ferroviário, sobre o tráfego ou o deslocamento de parte do movimento para o norte, rumo ao Porto de Santarém, no Pará, que inclui trecho onde não há cobrança de pedágio.

Segundo o Ministério dos Transportes, a concessionária terá que duplicar nos primeiros cinco anos de concessão 453,6 quilômetros da rodovia. O trecho vai da divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul até Rondonópolis. O trabalho inclui também a duplicação da BR 070, chamada de Rodovia dos Imigrantes, além do trecho entre Posto Gil e Sinop. Calcula-se que estas obras custem R$ 1,263 bilhão.
Também até o quinto ano da concessão, o vencedor do leilão terá que fazer obras estruturais e de melhoria de aspectos como a pavimentação, acostamento, sinalização, estrutura de segurança e implantação de Serviço de Atendimento ao Usuário. A conservação e manutenção da rodovia também ficam a cargo da empresa até o final do contrato.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ficará responsável por duplicar outros 281,1 quilômetros, apesar deles estarem incluídos na concessão.

A rodovia BR 163 é um os principais canais de escoamento da produção do Centro-oeste e Norte do Brasil. A expectativa do Ministério dos Transportes é de que as obras aliviem o tráfego rodoviário até os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). No trecho norte da rodovia, é possível chegar a portos como os de Santarém e Mirituba, no estado do Pará.

As obras que levam ao Porto de Santarém devem ficar prontas até 2015. De acordo com o ministro Cesar Borges, o trabalho depende das condições climáticas na região.

No próximo dia 17 de dezembro, está previsto o leilão de mais um trecho da BR 163, desta vez em Mato Grosso do Sul. O diretor da Odebrecht não escondeu o interesse em arrematar também este trecho. “Onde houver bons projetos e, até agora, o estudos indicam que é, estaremos interessados. Não há preocupação quanto à nossa estrutura de capital”.

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